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SAÚDE
Atendimento deve representar 5%
Promotor restringe convênio no HC
da Folha Ribeirão
O Ministério Público vai autorizar o atendimento de convênios
no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, mas restringir a internação de pacientes apenas à área
ocupada pela clínica civil.
Atualmente, a clínica interna
apenas pacientes particulares. De
acordo com a Promotoria, a área
é responsável por 5% do total de
leitos ativados, de cerca de 740. O
restante é destinado exclusivamente para atendimento do SUS
(Sistema Único de Saúde).
Segundo a direção, cerca de
20% dos pacientes que passam
pelo HC têm convênios. A intenção era garantir essa porcentagem
de vagas para convênios.
A direção do Hospital das Clínicas tenta abrir atendimento para
convênios desde o final do ano
passado, mas o início acabou sendo suspenso pelo Ministério Público, que decidiu investigar o caso após denúncias de entidades
da área de saúde.
Para as entidades, a abertura
para convênios vai provocar uma
"fila dupla", beneficiando quem
pode pagar pelo atendimento.
O promotor Sebastião Sérgio da
Silveira também vai proibir o
atendimento de convênios na
emergência. Segundo ele, a intenção é evitar que pacientes do SUS
possam ser preteridos.
"O HC vai continuar sendo um
hospital público e o atendimento
à população está garantido." Para
ele, o atendimento de convênios
em uma área que atualmente já
funciona só para particulares não
vai afetar a comunidade.
O acordo também prevê a criação de uma comissão, formada
por representantes de entidades
de saúde, para fiscalizar a reativação de leitos do SUS no hospital e
o fim das filas de espera.
"O HC já aceitou os critério estabelecidos e o acordo deve ser assinado nas próximas semanas",
diz o promotor.
Parecer do Conselho Regional
de Medicina considerou que a
possível abertura de leitos para
convênios no Hospital das Clínicas de Ribeirão caracterizaria "infração ético-profissional".
Dois pareceres foram emitidos
pelo conselho em fevereiro e abril
deste ano em resposta à consulta
feita pela direção do hospital.
A entidade informou que não se
opõe à cobrança dos planos de
saúde por atendimentos feitos a
pacientes conveniados. Porém, o
paciente não poderá ter privilégios no atendimento.
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