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Ao custo de R$ 170 mi, São Carlos assina 1ª PPP
Contrato é para a gestão do lixo do município pelos próximos 20 anos
Valor poderá chegar a R$ 255 milhões com prorrogação e também aumenta se a empresa reduzir lixo no aterro
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
A Prefeitura de São Carlos
assinou ontem o contrato da
primeira PPP (Parceria Público-Privada) da região de Ribeirão Preto. Ao custo de, pelo menos, R$ 8,5 milhões ao
ano, a São Carlos Ambiental
será responsável pelo lixo
nos próximos 20 anos.
O valor pago à empresa aumenta caso ela consiga diminuir o volume de resíduos
destinados ao aterro sanitário que deverá construir.
Os R$ 18 milhões necessários para o novo aterro são a
principal justificativa para a
escolha do modelo de PPP,
adotado quando a administração pública necessita fazer investimentos, mas não
dispõe de capital para isso.
Nas PPPs, um empreendedor privado investe o dinheiro necessário para tornar viável um serviço público e obtém receita com ele por um
período previamente estabelecido em contrato.
Em Ribeirão, a prefeita
Dárcy Vera (DEM) tenta emplacar a primeira parceria do
tipo para erguer um novo
centro administrativo.
O modelo de PPP na maior
cidade da região ainda está
em discussão na Câmara.
No caso do lixo de São Carlos, o prazo de concessão de
20 anos pode ser estendido
por mais dez anos. Com isso,
pode chegar a R$ 255 milhões
em valores de hoje.
Para o prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba (PT), a
forma de pagamento fixo estabelecido para a coleta e tratamento do lixo representa
um avanço ao modelo tradicional, em que as empresas
recebem pela quantidade de
lixo coletado e tratado.
O pagamento de valores fixos pelo serviço de lixo foi
criticado e alvo de recurso judicial de outras empresas
participantes da concorrência do lixo em São Carlos.
No julgamento dessas reclamações, porém, o TCE-SP
(Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) deu razão à
prefeitura e elogiou a forma
de contratação.
De acordo com Fábio Andrade, gerente de operações
da empresa que está por trás
da São Carlos Ambiental, a
Revita, a PPP do lixo representa um desafio à empresa,
que é concessionária em outras cidades com o modelo
comum de contratação.
"A empresa vai ter que ser
criativa. Com isso [PPP] você
estimula o investimento, estimula a buscar uma modelagem nova para o negócio",
afirmou Andrade.
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