Ribeirão Preto, Segunda-feira, 24 de Outubro de 2011

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Em expansão, zona sul enfrenta falta de água e trânsito ruim

Moradores de área nobre, cujo metro quadrado chega a R$ 4.000, convivem com racionamento há cinco anos

Silva Junior-11.out.2011/Folhapress
Funcionário do daerp ativa poço Quinta da Primavera, que vai abastecer a zona sul

Cansados de recorrer a caminhões-pipa, prédios processam prefeitura; cruzamento vive congestionado

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A verticalização no centro de Ribeirão Preto na década de 80, acompanhada de infraestrutura, parece não ter sido utilizada na zona sul: hoje, a área nobre, em plena expansão, sofre com a falta de água e o trânsito caótico.
Com o metro quadrado mais caro da cidade, que pode chegar a R$ 4.000 -há apartamentos de até R$ 5 milhões-, moradores vivem uma peculiaridade: a falta de água existe ao menos há cinco anos.
É o caso do condomínio Cittá di Positano, no Jardim Botânico. Por conta do problema, há épocas em que os moradores racionam água.
"Quando me mudei da City Ribeirão, não imaginava que enfrentaria esse tipo de problema", diz o economista Marcelo Bosi Rodrigues.
Somente entre os dias 16 e 30 de setembro, o condomínio gastou R$ 9.800 com a compra de caminhões-pipa.
Cansados, os moradores decidiram levar o problema à Justiça e entraram com ação contra o Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto). A prefeitura diz não comentar ações judiciais.
"Oito prédios estão em obras perto do nosso condomínio. Como será no futuro?"
O rebaixamento em até 60 metros do aquífero Guarani, manancial que abastece a cidade, levou o Comitê das Bacia Hidrográfica do Rio Pardo a criar uma restrição à abertura de novos poços entre o centro e a zona sul.
Outra falha é o congestionamento no trânsito. Com a expansão da área, em poucos anos a malha viária chegará ao distrito de Bonfim Paulista, diz o arquiteto Mauro Freitas, do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo).
O problema no cruzamento das avenidas Presidente Vargas e João Fiúsa, um dos gargalos, está sendo sanado com a abertura de uma avenida, obra de R$ 800 milhões da Multiplan, dona do Ribeirão Shopping.
Para Paulo Finotti, da Soderma (Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente), a infraestrutura não segue o crescimento da área, que vive um inchaço.



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