Ribeirão Preto, Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010

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Pai é suspeito de matar o filho a tiros em Araraquara

Segundo parentes, o jovem de 21 anos era viciado em drogas, o que teria motivado o desentendimento

O estudante Anderson Arruda não tinha passagens pela polícia; crime chocou o distrito de Bueno de Andrada

HÉLIA ARAUJO
ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA

Um homem de 47 anos é suspeito de ter matado o filho de 21 anos anteontem, no distrito de Bueno de Andrada, em Araraquara.
Segundo a polícia, o pintor Manoel da Silva estava discutindo com o filho, o estudante Anderson Ramos Arruda, que era viciado em drogas. Os dois saíram de casa brigando e durante o confronto o jovem foi atingido com um tiro no peito e um nas costas.
O crime ocorreu a cerca de cem metros da casa da família e em frente a uma base da PM. Ontem, a casa da família foi apedrejada.
Silva fugiu logo depois do crime e até a noite de ontem não havia sido encontrado. O jovem chegou a ser socorrido pelo Samu, mas acabou morrendo ainda no local.
De acordo com informações de parentes, Arruda era viciado em crack e cocaína havia pelo menos quatro anos. O estudante não tinha passagens pela polícia.
Já Silva tem passagens por agressão registrada na Delegacia de Defesa da Mulher e por apropriação indevida.

AMEAÇAS
Investigadores do setor de Homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara afirmaram que pai e filho já vinham tendo problemas de relacionamento, pois o jovem estava furtando objetos da família para trocar por drogas.
Segundo os investigadores, Silva teria dado um prazo para que o filho arrumasse um emprego ou saísse de casa. O prazo venceu na última quinta-feira e como Arruda não cumpriu o acordo o pintor ateou fogo em algumas roupas do jovem.
Quando viu o que o pai havia feito, o estudante acabou colocando fogo em parte da casa da família, no centro de Bueno de Andrada.
Um boletim de ocorrência foi registrado por Silva e desde então pai e filho trocavam ameaças de morte.
Um irmão de Arruda disse para a polícia que não sabia que o pai tinha uma arma em casa. Vizinhos da família contaram que pai e filho brigavam constantemente.
Os cerca de 2.000 habitantes de Bueno de Andrada estavam assustados com o crime. A aposentada Geni dos Santos, 64, disse que a tragédia "abalou" os moradores.


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