Ribeirão Preto, Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008

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Recuperação judicial esfria venda de supermercado

Diretor da rede que negociou a compra do Gimenes diz que negociações podem ser retomadas em 2009

DA FOLHA RIBEIRÃO

O pedido de recuperação judicial feito pela rede de supermercados Gimenes na última sexta-feira, mas anunciado anteontem, esfriou de vez as negociações de venda de suas lojas para o grupo Savegnago.
Segundo Antônio Savegnago, diretor da rede que negociou a compra do Gimenes no fim de novembro, não há vaidade do grupo de Sertãozinho se tornar, agora, o maior do setor no interior. Savegnago disse, no entanto, que as conversas podem voltar em janeiro.
"Por enquanto, estamos preocupados com o nosso Natal. Não temos a pretensão de nos tornar grandes se o negócio não for viável", disse.
Para Aurélio José Mialich, diretor regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados), o fato de ser gerido por um grupo de investidores que não são do ramo (G&G), deve dificultar a recuperação total da empresa.
"Dificilmente eles saem dessa. Nestes casos, um dos caminhos mais comuns é a venda, provavelmente por um preço menor do que o avaliado anteriormente", disse. "Nós (Apas) somos um guarda-chuva, mas num caso como esse não temos o que fazer", completou.
Assim que for aceito pela Justiça, o pedido de recuperação judicial deve valer ao grupo 60 dias de prazo para procurar os credores e propor nova forma de pagamento. Uma empresa deve ser contratada para a formulação de um relatório estratégico de recuperação.
Em nota, na segunda-feira, a empresa anunciou que foi a saída encontrada para manter as atividades sem prejuízos para clientes e funcionários.
"O atual cenário econômico, com grandes restrições de liquidez e redução de crédito levou a empresa a tomar a decisão como a melhor saída para preservar as atividades operacionais e os empregos", informou o Gimenes, via assessoria.


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