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Recuperação judicial esfria venda de supermercado
Diretor da rede que negociou a compra do Gimenes diz que negociações podem ser retomadas em 2009
DA FOLHA RIBEIRÃO
O pedido de recuperação judicial feito pela rede de supermercados Gimenes na última
sexta-feira, mas anunciado anteontem, esfriou de vez as negociações de venda de suas lojas para o grupo Savegnago.
Segundo Antônio Savegnago,
diretor da rede que negociou a
compra do Gimenes no fim de
novembro, não há vaidade do
grupo de Sertãozinho se tornar,
agora, o maior do setor no interior. Savegnago disse, no entanto, que as conversas podem voltar em janeiro.
"Por enquanto, estamos
preocupados com o nosso Natal. Não temos a pretensão de
nos tornar grandes se o negócio
não for viável", disse.
Para Aurélio José Mialich,
diretor regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados), o fato de ser gerido por um
grupo de investidores que não
são do ramo (G&G), deve dificultar a recuperação total da
empresa.
"Dificilmente eles saem dessa. Nestes casos, um dos caminhos mais comuns é a venda,
provavelmente por um preço
menor do que o avaliado anteriormente", disse. "Nós (Apas)
somos um guarda-chuva, mas
num caso como esse não temos
o que fazer", completou.
Assim que for aceito pela
Justiça, o pedido de recuperação judicial deve valer ao grupo
60 dias de prazo para procurar
os credores e propor nova forma de pagamento. Uma empresa deve ser contratada para a
formulação de um relatório estratégico de recuperação.
Em nota, na segunda-feira, a
empresa anunciou que foi a saída encontrada para manter as
atividades sem prejuízos para
clientes e funcionários.
"O atual cenário econômico,
com grandes restrições de liquidez e redução de crédito levou a empresa a tomar a decisão como a melhor saída para
preservar as atividades operacionais e os empregos", informou o Gimenes, via assessoria.
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