Ribeirão Preto, Quinta-feira, 25 de Março de 2010

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Greve esvazia escolas, creches e postos

DA FOLHA RIBEIRÃO

O segundo dia da greve dos servidores da Prefeitura de Ribeirão Preto, ontem, esvaziou a maior escola da rede municipal, a Alpheu Gasparini, no Ipiranga, onde não houve aula. Nos três períodos, a escola tem cerca de 2.300 alunos. Na manhã de ontem, porém, apenas dois estudantes deficientes auditivos estavam em sala de aula com professores de libras. Em dias normais, eles estariam com mais 35 alunos.
Segundo a Folha apurou, os professores -cerca de 15 concursados e 30 contratados por período- chegaram a ir trabalhar, mas não deram aulas por pressão do sindicato.
Houve problema também nas creches. Na Alaor Galvão, na Vila Virgínia, onde a reportagem esteve pela manhã, alguns pais desistiram de deixar os filhos nas classes ao perceber que as professoras efetivas haviam entrado em greve.
"A professora dela não está aí. E a gente não tem coragem de deixar com outra pessoa. O jeito vai ser faltar do emprego hoje, porque não tem com quem deixar", disse o motorista Davi Renato Fantim, 34, pai de Maria Eduarda, de dois anos e nove meses de idade.
Na manhã de ontem, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais, houve adesão à greve em 13 creches -a entidade não contabilizava ainda a Alaor Galvão-, 19 pré-escolas e dez escolas, incluindo a Alpheu Gasparini. À tarde, a entidade ainda não havia fechado balanço da paralisação.
Três professores da rede, incluindo duas educadoras de creche, disseram que em pelo menos duas unidades de educação infantil - uma delas a Roberto Taranto- funcionários de outros setores, como uma que trabalha na cozinha, estavam cuidando de crianças.
A Folha não conseguiu ouvir a secretária da Educação, Débora Vendramini. A diretora da creche, que não se identificou e disse que estava proibida de falar, afirmou que a informação era uma "inverdade".
Ontem, nas unidades de saúde, o movimento estava mais tranquilo porque os pacientes não compareceram -ao contrário de anteontem, quando houve o tumulto. Na UBDS Central, apenas 30 pessoas eram atendidas por volta das 9h30 nos setores de urgência, farmácia, ortopedia e vacinação. Em dias normais, o movimento na unidade chega a ser de 800 pacientes.


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