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Promotoria tenta impedir venda do Palma Travassos
Ministério Público se baseia no contrato de doação, elaborado em 1916, que proíbe penhora do imóvel
DA FOLHA RIBEIRÃO
Quatro promotores de Justiça de Ribeirão ajuizaram ontem uma ação civil pública,
com pedido de liminar, para
impedir a venda e penhora do
estádio Palma Travassos, que
pertence ao Comercial .
O Ministério Público pretende evitar o leilão do estádio,
marcado para amanhã. Os promotores se baseiam no contrato feito na época da doação, em
1916, por Francisco de Palma
Travassos. O documento contém cláusulas de "inalienabilidade e impenhorabilidade"
que, segundo os promotores,
têm de ser respeitadas por dirigentes do clube e juízes.
Pelo contrato, se o Comercial
deixar de utilizar o estádio, ele
deve ser repassado para o município. Portanto, uma possível
venda ainda cercearia o direito
da prefeitura de contar com o
imóvel após uma eventual extinção do clube.
"O estádio do Comercial é
um patrimônio de Ribeirão
Preto e não pode ser vendido. A
cláusula feita na doação do terreno é bastante clara quanto a
isto. Estamos aguardando uma
definição da Justiça para impedir que vá a leilão na sexta
[amanhã]", afirmou Carlos Cezar Barbosa, um dos promotores autores da ação.
Antes de ser penhorado pela
Justiça, o estádio quase foi vendido a um grupo de investidores, que construiria um shopping no local. O valor não foi revelado, mas, de acordo com os
dirigentes, seria suficiente para
pagar as dívidas.
Além de Barbosa, são autores
da ação os promotores Sebastião Sérgio da Silveira, Naul
Felca e Sebastião dos Santos.
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