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Médicos voltam, mas Oscip é mantida
Mesmo com fim da operação padrão de médicos da rede municipal, prefeitura confirma terceirização de UBDS
Categoria ameaça entrar com ação para barrar a contratação de Oscip, que assume posto neste final de semana
Edson Silva/Folhapress
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Pacientes aguardam na UBDS Central de Ribeirão; só médicos contratados pela Inab vão cuidar do pronto-atendimento
DE RIBEIRÃO PRETO
Mesmo após os médicos
da rede municipal de Ribeirão Preto terem aceitado a
proposta de aumento de R$
630, encerrando a operação
padrão, a prefeitura disse
que vai manter a contratação
da Oscip Inab (Instituto Nacional Amigos do Brasil).
A terceirizada assume
amanhã o atendimento na
UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Central.
Anteontem, após assembleia feita pelo Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado), que pôs fim à ameaça de
greve, a categoria disse que,
se a prefeitura insistir na Oscip, entrará com ação para
barrar a contratação.
De acordo com o secretário
da Saúde de Ribeirão, Stenio
Miranda, a contratação do
Inab é "irreversível".
"A decisão [de contratar
uma Oscip] deveria ser tomada de qualquer forma, para
que se tenha a possibilidade
de experimentar uma gestão
diferente e dar agilidade."
O secretário prevê que,
com a terceirização, será possível reduzir, em 30 dias, até
90% do total de horas extras
que era feito pelos médicos
da rede pública.
De acordo com Geraldo José Gonçalves da Silva, assistente técnico do Inab, serão
contratados cinco clínicos-gerais e dois pediatras para
trabalhar no plantão de 12
horas na UBDS Central amanhã. No domingo vão trabalhar no plantão quatro clínicos e dois pediatras.
Silva disse ainda que, para
este final de semana, nenhum médico que já trabalha
na rede foi contratado pela
Oscip, mas alguns deles demonstraram interesse e podem ser contratados na próxima semana.
O Simesp disse que, legalmente, não há impedimento
para os médicos trabalharem
para a Oscip. "A questão é
moral, quando o profissional
deitar a cabeça no travesseiro. Mas não tem punição legal", disse Renato Arena,
que assumiu a presidência
do Simesp no lugar de Marco
Aurélio de Almeida, que se licenciou por 90 dias.
A decisão de aceitar o aumento na bonificação, proposto pela Promotoria, segundo Arena, foi em solidariedade à população, mas as
negociações continuam.
(LIGIA SOTRATTI E HÉLIA ARAUJO)
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