Ribeirão Preto, Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

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29% da região tem alto desenvolvimento

Pesquisa da Firjan mostra que 26 das 89 cidades obtiveram índice que mede emprego, saúde e educação maior que 0,8

Araraquara, com um índice de 0,9173 (nota que varia de 0 a 1), avançou do 12º lugar para o 4º no ranking das melhores cidades do país


LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Vinte e seis cidades da região de Ribeirão Preto, ou 29,2%, apresentaram alto grau de desenvolvimento no IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), nota que varia de 0 a 1 e que leva em consideração resultados oficiais de 2006 em três frentes: emprego e renda, educação e saúde.
Em 2005, quando a Firjan (Federação das Indústrias do Rio) calculou o índice pela primeira vez, 22 municípios da região tinham com índice alto, com nota entre 0,8 e 1 -quanto mais próximo de 1, melhor. Nenhuma cidade da região teve índice considerado baixo ou regular, segundo classificação da federação. Mais: Araraquara passou a ser a quarta melhor cidade de SP e do Brasil no ranking. Em 2005, era a 12ª nas duas classificações.
"Nossa atual perspectiva é que vamos melhorar ainda mais. Nossos investimentos mostram isso. Além disso, São Caetano, que ficou em primeiro lugar no ranking, não tem mais por onde crescer. Araraquara, sim", disse o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
Para a Firjan, a região foi um dos principais destaques da pesquisa. "Comparando com blocos de outros locais do país, a região de Ribeirão teve, provavelmente, um dos melhores desempenhos", disse Patrick Carvalho, chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan.
Para o economista Elton Eustáquio Casagrande, professor do Departamento de Economia da Unesp de Araraquara, o crescimento das vagas de empregos e das exportações da região central alavancou outros setores da economia. "É tudo que se poderia esperar de bom para uma região: um dinamismo empresarial, principalmente vinculado ao comércio exterior. Mantendo essa tendência, a educação e a saúde acabam progredindo juntos."
No entanto, o índice de emprego e renda foi o grande responsável pelo avanço das dez principais cidades da região. Em nove dos dez maiores municípios houve recuo no índice de educação. E cinco cidades tiveram queda na saúde. Ou seja, o IFDM cresceu no índice geral na maioria dos principais municípios, mas, basicamente, graças aos bons resultados de emprego e renda.
"Fizemos uma meta de, nos próximos quatro anos, chegar à 15ª posição, não só na geração de emprego, mas com investimentos maiores em saúde e educação", disse Dárcy Vera. E apesar do bom desempenho da região, 34 cidades tiveram queda entre 2005 e 2006. Ou seja, das 89 cidades da região, 38,2% perderam qualidade em emprego e renda, saúde ou educação.

Veja tabela completa

www.folha.com.br/0923620


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