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Acidente na Anhanguera mata 6 e fere 5
Sob chuva, Mondeo bate na traseira de Gol, invade a pista contrária, bate em caminhão e interdita pista por cinco horas
Os seis operários que morreram estavam no Mondeo e voltavam de um churrasco em Cravinhos com colegas de trabalho
LIGIA SOTRATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Um acidente na rodovia
Anhanguera envolvendo três
veículos -sob chuva- provocou a morte de seis pessoas e
deixou cinco feridas, anteontem à noite, em Ribeirão Preto.
Um veículo Mondeo, que seguia no sentido Cravinhos-Ribeirão Preto, bateu às 18h30 na
traseira de um Gol no km 306,
perdeu o controle e chocou-se
em uma carreta carregada de
açúcar que trafegava no sentido
contrário. Os seis ocupantes do
Mondeo morreram na hora. As
cinco pessoas que viajavam no
Gol sofreram ferimentos leves
e foram socorridas à UBDS
(Unidade Básica Distrital de
Saúde) do Castelo Branco.
Por causa do acidente, as
duas faixas da rodovia no sentido Ribeirão-Cravinhos ficaram
interditadas por cinco horas. O
trânsito foi desviado pela marginal e, de acordo com a polícia,
não houve lentidão. A carreta
foi retirada do local às 0h -o
motorista não se feriu.
Os seis passageiros do Mondeo trabalhavam na construção
civil, na empreiteira AMS, em
uma obra em Cravinhos. Segundo amigos das vítimas que
estavam no velório ontem em
Ribeirão, eles voltavam de um
churrasco com colegas de trabalho em Cravinhos.
"O pessoal alugou uma chácara e havia cerca de 20 pessoas
no churrasco. Era uma comemoração porque as obras em
que todos trabalhavam está em
fase de conclusão", afirmou
Hugo Fernandes da Silva, que
estava no evento.
Segundo ele, o motorista do
Mondeo, Edson Luiz de Amorim, 39, não havia ingerido bebida alcoólica. A Polícia Militar
Rodoviária informou que foi
feito exame para avaliar o índice de álcool no sangue -o resultado deve sair em 30 dias.
Para o especialista em transportes e professor da USP de
São Carlos, José Bernardes Felex, além da chuva, é preciso
observar as condições do veículo, que podem ter contribuído
para o acidente. "É preciso cuidar da manutenção, que é muito cara." O automóvel era um
modelo 1996, segundo a polícia.
Segundo o especialista, outro
comprometimento é a sobrecarga do veículo, que ao invés
de cinco, levava seis pessoas.
"Nessas condições, a chance de
frear e conseguir manter o carro em linha reta é muito difícil.
Como estava levando um número de pessoas acima do permitido, o carro fica mais vulnerável", afirmou.
O corpo do motorista do veículo foi enterrado em Cravinhos, enquanto os passageiros
Said Nunes Folgado, 41, e Marciano Machado da Silva, 23, foram enterrados no cemitério
do Bom Pastor, em Ribeirão, no
fim da tarde de ontem.
Os corpos dos outros passageiros -Manoel Carlos Neto,
20, Francisco Júnior da Silva,
19, e Aloízio Leandro da Silva,
23, foram encaminhados para
Icó (CE), onde residem suas famílias.
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