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Preço do álcool sobe pela 3ª vez seguida na usina
Alta deve chegar às bombas até o fim de semana
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Seguindo a tendência de altas
consecutivas, o álcool hidratado vendido pelas usinas às distribuidoras de combustíveis alcançou o valor de R$ 0,7654 no
último dia 21. Foi o maior preço
desde maio, quando foi vendido
a R$ 0,7659.
No dia 7 de novembro, o preço do combustível na usina era
R$ 0,6823. Aumentou 7,3% na
semana seguinte e atingiu
R$ 0,7325. O acréscimo da última semana foi de 4,5%.
Os dados são do levantamento semanal de preço do Cepea
(Centro de Estudos Avançados
de Economia Aplicada), da
Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós).
A nova alta deve significar
aumento de preço para os consumidores nas bombas até o
fim desta semana, segundo as
entidades que representam os
donos de postos.
"Eu apostaria que até o final
de semana esse repasse chegará ao consumidor. Nas bombas,
isso deve significar aumento de
até R$ 0,10 por litro", disse Renê Abbade, representante regional da Brascombustíveis
(Associação Brasileira do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos).
O preço médio do litro do álcool registrado pela ANP
(Agência Nacional do Petróleo)
em Ribeirão no mês de novembro foi de R$ 1,366 por litro.
Segundo Abbade, a única
chance de o aumento ser amenizado é o medo dos comerciantes da concorrência.
Segundo o dirigente regional
do Sincopetro (Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de
São Paulo), Oswaldo Manaia, a
alta nas usinas não se justifica.
"Nós já absorvemos a última
alta [7,3% na semana passada]
sem repasse. Dessa vez, vai ser
impossível", afirmou.
De acordo com as instituições, a sobra de álcool neste
ano e o anúncio de antecipação
do início da safra 2009/2010 de
cana-de-açúcar seriam motivos
para manter o preço estável.
O diretor regional da Unica
(União das Indústrias de Cana-de-Açúcar), Sérgio Prado, disse
que o aumento não tem a ver
com a safra, mas sim com a relação de oferta e demanda.
"O preço estava depreciado
nos últimos dois anos e o que
está acontecendo é um reequilíbrio no mercado. A tendência
momentânea é que permaneça
assim. No início do ano, em janeiro, por exemplo, tivemos
queda de preço em plena entressafra", disse.
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