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Câmara terá 2 sessões extraordinárias
Gasparini convoca vereadores para votar oito projetos, entre eles um que privilegia hospital particular
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Câmara de Ribeirão Preto
confirmou ontem a realização
de duas sessões extraordinárias
para os próximos dias 29 e 30,
às 11h -na pauta, oito projetos
assinados pelo prefeito Welson
Gasparini (PSDB) que não puderam ser votados nas últimas
sessões ordinárias.
Dois deles foram motivo de
polêmica entre a base aliada e a
oposição. Um deles, o último da
pauta, altera um artigo da Lei
de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e libera a construção do quarto pavimento a
"imóveis hospitalares em funcionamento" na área do Boulevard, região nobre, onde só são
permitidos três andares.
A alteração na lei tornaria legal um projeto de ampliação do
Hospital São Paulo, que é particular. A votação do projeto já
esteve na pauta duas vezes,
sendo a última na sessão ordinária do Legislativo de terça-feira passada, mas não obteve
parecer da Comissão de Justiça
em nenhuma das vezes.
"Ele [Gasparini] já tentou
aprovar esse projeto ontem
[terça], mas não conseguiu.
Acho que os vereadores não vão
querer votar", disse ontem o
presidente da Câmara, Leopoldo Paulino (PMDB).
O penúltimo projeto previsto
institui a taxa de análise e licenciamento ambiental, imposto
cobrado na criação de empreendimentos de baixo impacto ao meio ambiente. Antes,
ele era destinado à Cetesb
(Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental), mas
um convênio com o Estado municipalizou a taxa.
O Executivo negou que esteja
desesperado para aprovar alguns desses projetos. "A oposição tem o direito de avaliar como quiser, mas nós julgamos
esses projetos de extrema importância para o município.
Eles já faziam parte das intenções do governo", disse o prefeito, por meio da assessoria.
Entre os vereadores, a solicitação de sessões extras não
agradou. "É a última tentativa
do Executivo de emplacar projetos próprios. Fui notificado
na manhã da véspera de Natal
[ontem] e estou tendo que caçar os vereadores para avisá-los", reclamou Leopoldo Paulino.
A Folha tentou contato com
outros 11 parlamentares, por
telefones celulares ou residenciais, mas nenhum deles foi encontrado para comentar.
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