Ribeirão Preto, Quinta-feira, 25 de Dezembro de 2008

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Câmara terá 2 sessões extraordinárias

Gasparini convoca vereadores para votar oito projetos, entre eles um que privilegia hospital particular

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Câmara de Ribeirão Preto confirmou ontem a realização de duas sessões extraordinárias para os próximos dias 29 e 30, às 11h -na pauta, oito projetos assinados pelo prefeito Welson Gasparini (PSDB) que não puderam ser votados nas últimas sessões ordinárias.
Dois deles foram motivo de polêmica entre a base aliada e a oposição. Um deles, o último da pauta, altera um artigo da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e libera a construção do quarto pavimento a "imóveis hospitalares em funcionamento" na área do Boulevard, região nobre, onde só são permitidos três andares.
A alteração na lei tornaria legal um projeto de ampliação do Hospital São Paulo, que é particular. A votação do projeto já esteve na pauta duas vezes, sendo a última na sessão ordinária do Legislativo de terça-feira passada, mas não obteve parecer da Comissão de Justiça em nenhuma das vezes.
"Ele [Gasparini] já tentou aprovar esse projeto ontem [terça], mas não conseguiu. Acho que os vereadores não vão querer votar", disse ontem o presidente da Câmara, Leopoldo Paulino (PMDB).
O penúltimo projeto previsto institui a taxa de análise e licenciamento ambiental, imposto cobrado na criação de empreendimentos de baixo impacto ao meio ambiente. Antes, ele era destinado à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), mas um convênio com o Estado municipalizou a taxa.
O Executivo negou que esteja desesperado para aprovar alguns desses projetos. "A oposição tem o direito de avaliar como quiser, mas nós julgamos esses projetos de extrema importância para o município. Eles já faziam parte das intenções do governo", disse o prefeito, por meio da assessoria.
Entre os vereadores, a solicitação de sessões extras não agradou. "É a última tentativa do Executivo de emplacar projetos próprios. Fui notificado na manhã da véspera de Natal [ontem] e estou tendo que caçar os vereadores para avisá-los", reclamou Leopoldo Paulino.
A Folha tentou contato com outros 11 parlamentares, por telefones celulares ou residenciais, mas nenhum deles foi encontrado para comentar.


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