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Polícia procura dono do avião do crack
Aeronave que pousou em canavial de Sales Oliveira com 170 kg de crack seria de empresário de Ponta Porã
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
O registro de compra na cidade de Ponta Porã, no Mato
Grosso do Sul, é a principal pista da polícia para encontrar os
responsáveis pelo avião Cessna
achado danificado após um
pouso forçado em uma fazenda
de Sales Oliveira com 170 kg de
crack e 7 kg de cocaína.
Segundo o delegado Vinícius
Alexandre Marini, titular de
Nuporanga e responsável por
Sales Oliveira, a aeronave está
no nome de um empresário,
possivelmente de Ponta Porã. A
polícia não informou o nome
do proprietário e, até ontem,
não havia conseguido contato.
"Apostamos nessa pessoa para nos dar um rumo na história.
Porém, até agora não podemos
falar que ela está envolvida com
o tráfico", disse Marini.
Hoje, a polícia deve intensificar as buscas pelo dono do
avião. O delegado vai colher
também os depoimentos de
dois funcionários da fazenda
Santa Quitéria, que viram o
momento do pouso forçado.
"Eles já nos disseram o que
viram, mas vamos oficializar,
além de tentar descobrir algum
novo detalhe", disse.
Os funcionários afirmaram
que viram o momento do pouso
em meio ao canavial. Eles acionaram a polícia achando que se
tratasse de um acidente aéreo.
Os tripulantes abandonaram o
avião e a droga e fugiram em
um veículo escuro.
Uma sacola de um shopping
center da cidade de Pedro Juan
Caballero, no lado paraguaio da
divisa com o Brasil, pode indicar a origem da droga.
"Pelo tanto de combustível
que eles levavam, acho que o
pouso aqui era apenas uma parada estratégica. Depois, eles
seguiriam viagem", disse o delegado. Segundo Marini, é sabido que a região de Ribeirão Preto é rota do tráfico, mas jamais
tinham sido achadas pistas em
Sales Oliveira.
Além do combustível e a droga, a polícia encontrou um telefone celular, dois óculos e manuais de bordo sobre o funcionamento do avião, que parecia
ser novo. O equipamento GPS
(Sistema de Posicionamento
Global) foi levado.
A droga foi levada para São
Joaquim da Barra. O avião está
em Orlândia. Segundo o Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos) de
SP, os 170 kg de crack são a
maior apreensão nos últimos
três anos no Estado.
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