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Projeto limita espera em fila de mercado
Câmara de Araraquara aprova proposta que fixa em meia hora espera máxima em dias movimentados
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Câmara de Araraquara
aprovou anteontem projeto de
lei que fixa em meia hora o tempo máximo de espera na fila do
caixa de supermercados.
A proposta precisa ser sancionada pelo prefeito Marcelo
Barbieri (PMDB). Se isso acontecer, entra em vigor em três
meses. A matéria limita a espera em 20 minutos em dias normais e, em períodos movimentados, como os dias de pagamento, a fila não pode durar
mais de 30 minutos.
A proposta deve atingir principalmente os maiores supermercados, como o Extra, segundo o vereador João Farias
(PRB), autor do projeto.
"Recebi reclamação de pessoas no Extra que esperaram
uma hora na fila. Já fiquei uma
hora e vinte minutos na fila para comprar dois pacotes de bolacha", disse Farias.
A assessoria de imprensa do
Extra disse, em nota, que o problema na unidade foi "pontual
e prontamente resolvido".
Os clientes gostaram da lei. A
construtora Cecília Feloni, 45,
diz que deixou de ir ao Extra e
escolheu um supermercado
menor por cansar de esperar.
"Cheguei a ficar mais de meia
hora na fila. É horrível, porque
estou sempre com pressa."
Bares
Na sessão, os vereadores
também decidiram revogar a
lei que regulamentava o uso de
mesas e cadeiras nas calçadas
por bares e restaurantes.
Um novo texto que limita o
uso da calçada deve ser criado
em 15 dias. Ele irá sugerir, por
exemplo, que a área livre para o
pedestre seja de 1,20 m, e não
90 cm, como como estava previsto na lei anterior.
Enquanto não surge uma nova lei, os bares irão usar as calçadas, disse o Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares). "Os bares
não deveriam colocar as mesas
[nas calçadas], mas aconselhei
que, se for com cautela, não há
problemas", disse o presidente
do sindicato, José Carlos Cardozo. Cerca de 40 bares usam
as calçadas para colocar mesas.
A Câmara revogou ainda a lei
que obrigava templos a obter
alvará de funcionamento. Vinte
dias antes, a mesma Câmara
havia aprovado o projeto que
implantava a obrigatoriedade
do alvará, após o acidente na sede da igreja Renascer, em São
Paulo, que matou nove.
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