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Acordo eleva os gastos com servidor para 50% da receita
Limite prudencial é de 51,3%; prefeitura terá de cortar gastos ou arrecadar mais
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Por causa do acordo de aumento salarial firmado com os
servidores anteontem, a Prefeitura de Ribeirão Preto deve
gastar neste ano 50% de suas
receitas com funcionalismo.
Quem afirma é o secretário da
Fazenda, Manoel Saraiva.
Com o aumento, os gastos
com pessoal vão se aproximar
do limite prudencial imposto
aos municípios pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de
de 51,3%. O teto, segundo a
mesma lei, é de 54%.
"Nós vamos ter que suplementar [o Orçamento] em mais
ou menos R$ 9 milhões. Para
cumprir o acordo, vai ter que
haver corte de despesas ou excesso de arrecadação."
No acordo, a prefeitura se
comprometeu a dar aumento
de 6,31% aos servidores (leia
mais nesta página).
O secretário disse que, por
enquanto, não está previsto nenhum decreto de contingenciamento de despesas.
A ampliação de gastos com
funcionalismo pode comprometer a contratação de servidores. A prefeita Dárcy Vera
(DEM) havia prometido abrir
concurso público para contratar fiscais para a Secretaria da
Fazenda, engenheiros e arquitetos, para suprir deficiências
do corpo técnico da prefeitura.
Outra pendência que vai representar mais despesas com
pessoal é a expectativa de pagamento de um salário diferenciado para médicos -em Ribeirão, o salário-base é definido
apenas pelo nível de escolaridade do servidor.
Saraiva disse que esses assuntos ainda estão em discussão. A Folha não conseguiu
contatar ontem o secretário da
Administração, Marco Antonio
dos Santos, nem o secretário de
Governo, William Latuf.
Atualmente, a prefeitura gasta cerca de R$ 28,598 milhões
com o funcionalismo.
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