Ribeirão Preto, Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

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Gerente da Caixa é morto com nove tiros

Bancário foi assassinado quando chegava com cunhado ao trabalho, na agência da av. Mogiana, em Ribeirão

Polícia afastou hipótese de latrocínio porque o criminoso só atirou no gerente, virou as costas e fugiu sem levar nada


Silva Junior/ Folhapress
Policiais, curiosos e bancários se concentram em frente à agência da Caixa, na avenida Mogiana, após o assassinato

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Adilson Rodrigues, 40, gerente da CEF (Caixa Econômica Federal) da avenida Mogiana, foi assassinado na manhã de ontem em Ribeirão Preto com nove tiros, quando chegava ao trabalho.
O crime ocorreu num estacionamento particular ao lado da agência, na zona norte da cidade. Três dos tiros acertaram o peito do gerente. A polícia descartou a hipótese de assalto com morte após ver a cena do crime e ouvir as primeiras testemunhas.
Rodrigues e o cunhado -nome não foi revelado-, que também trabalha na Caixa e estava hospedado na casa da vítima, foram abordados após deixar o carro.
A vítima, segundo a polícia, chegou a dizer a seguinte frase: "O que que é isso, cara?" Na sequência, tentou correr de volta para o carro. O assassino disparou 11 vezes com uma pistola 380.
O cunhado de Rodrigues não foi atingido -nem o caixa do estacionamento.
Antes de matar, o homem esperou duas horas em barraca de garapa.
Segundo o delegado do 2º Distrito Policial, Haroldo Chaud, a princípio, a polícia trabalhava com a possibilidade de latrocínio, pelo fato de a vitima ser gerente de banco e pelo local do crime.
Mas essa hipótese foi afastada. "Ele ignorou todas as outras pessoas em volta e depois dos disparos virou as costas e foi embora", disse.
O estacionamento tem três câmeras, mas elas não estavam funcionando. A polícia, no entanto, teve acesso às imagens da câmera de uma empresa instalada na avenida, que mostram o rapaz na barraca de suco, na calçada do outro lado da avenida.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) responsável pelo caso, Leandro Árabe, disse que o motivo do crime ainda é desconhecido e que as diversas versões que circularam ontem são apenas boatos.
Em nota, a assessoria de imprensa da Caixa disse somente que não fornece informações sobre "eventos criminosos" que estejam ligados ao banco.


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