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Orquestra não tinha autorização da Caixa para sortear carros
Entidade afirma que o registro não foi feito porque trâmite é "burocrático e demorado"
DE RIBEIRÃO PRETO
O sorteio de dois carros de
luxo realizado pela Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto no último sábado não tinha autorização da Caixa
Econômica Federal.
Segundo a gerente administrativa da orquestra, Ana
Cláudia Mistretta, o pedido
de autorização não foi feito
porque o trâmite é muito burocrático e demorado.
"Todos os eventos em que
acontecem sorteios desse tipo não têm autorização da
Caixa. Até porque há exigências infundadas, como os
prêmios terem sido doados.
Quem iria doar dois carros
para um sorteio?", disse.
Segundo a assessoria da
Caixa, a falta de autorização
não foi a única irregularidade cometida. O sorteio dos
prêmios, por exemplo, deveria ter sido feito pela Loteria
Federal e não como um bingo, como ocorreu.
As regras do sorteio também não poderiam ter sido
mudadas na data do evento,
de acordo com a Caixa.
Se comprovadas as irregularidades, a orquestra pode
ser multada, perder direito
de fazer sorteios por dois
anos e perder a declaração de
utilidade pública federal.
O caso foi parar na polícia
depois que o empresário Euclides Antônio Pezzi disse
que ganhou um dos carros
sorteados, um BMW de R$ 90
mil, mas não levou o prêmio.
A orquestra diz que o bilhete sorteado foi comprado
pelo empresário durante
uma "promoção" realizada
durante o jantar, com a condição de ser doado.
Pezzi, dono de uma rede
de supermercados, contesta
e diz que entrará na Justiça
para ficar com o carro.
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