Ribeirão Preto, Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

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Gasto com lixo pode chegar a R$ 180 mi em São Carlos

Previsão da administração é concluir nova licitação até o final deste ano

Aterro atual, gerido pela prefeitura, foi projetado para ter uma vida útil de quatro anos, mas já é utilizado há 14


PAULO GODOY
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A Prefeitura de São Carlos espera concluir até o fim do ano a licitação que definirá a empresa responsável pela construção e administração de seu novo aterro municipal. Para coletar e transportar as 155 toneladas diárias atuais de lixo, a vencedora receberá até R$ 180 milhões pelos próximos 20 anos, tempo que durará a parceria.
No último dia 13, o licenciamento ambiental para o projeto foi tema de uma audiência pública, no auditório da Embrapa. O processo para a escolha da área e construção do novo aterro se arrasta há mais de cinco anos.
Após escolha inicial de 21 áreas no entorno da cidade, a prefeitura optou por terreno de 50 hectares na estrada entre Ribeirão Bonito e Descalvado, a 12 km do município.
Segundo Paulo Seske Shiroma, 33, diretor de Serviços Urbanos, o local é o que melhor atende a questões de segurança ambiental, conforme resultados de estudos de impacto que teriam sido encomendados pela prefeitura.
De acordo com ele, o atual aterro, de administração municipal, foi projetado para durar no máximo quatro anos, mas já chegou a 14, sem estrutura para vida útil tão longa. Em 2004, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi assinado com a Promotoria, que exigia o fim das operações no lixão.
No contrato vigente com a Vega Engenharia Ambiental, a empresa recebe por tonelada. Quanto mais lixo leva para a Fazenda Guaporé, na Washington Luís, onde está o aterro, mais ganha.
A nova modalidade de contrato pretendida será uma PPP (Parceria Público-Privada), que premiará a empresa à medida em que implementar práticas que reduzam a quantidade de lixo coletado e, consequentemente, aterrado, como a instalação de usinas de reciclagem.
Shiroma não soube informar de que modo essa premiação ocorreria.
"Hoje é a prefeitura quem administra o aterro, arcando com todos os custos e riscos. Com o novo contrato, a concessionária que for escolhida será a responsável", afirmou.
A Folha tentou ouvir o promotor do Meio Ambiente de São Carlos, Marcos Funari, mas ele não atendeu. O atual aterro seguirá monitorado, mas não há planos para a sua ocupação.
O custo do novo aterro é estimado em R$ 18 milhões -com desapropriações, pode custar R$ 1 milhão a mais.


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