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Gasto com lixo pode chegar a R$ 180 mi em São Carlos
Previsão da administração é concluir nova licitação até o final deste ano
Aterro atual, gerido pela prefeitura, foi projetado para ter uma vida útil de quatro anos, mas
já é utilizado há 14
PAULO GODOY
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
A Prefeitura de São Carlos
espera concluir até o fim do
ano a licitação que definirá a
empresa responsável pela
construção e administração
de seu novo aterro municipal. Para coletar e transportar as 155 toneladas diárias
atuais de lixo, a vencedora
receberá até R$ 180 milhões
pelos próximos 20 anos, tempo que durará a parceria.
No último dia 13, o licenciamento ambiental para o
projeto foi tema de uma audiência pública, no auditório
da Embrapa. O processo para
a escolha da área e construção do novo aterro se arrasta
há mais de cinco anos.
Após escolha inicial de 21
áreas no entorno da cidade, a
prefeitura optou por terreno
de 50 hectares na estrada entre Ribeirão Bonito e Descalvado, a 12 km do município.
Segundo Paulo Seske Shiroma, 33, diretor de Serviços
Urbanos, o local é o que melhor atende a questões de segurança ambiental, conforme resultados de estudos de
impacto que teriam sido encomendados pela prefeitura.
De acordo com ele, o atual
aterro, de administração municipal, foi projetado para
durar no máximo quatro
anos, mas já chegou a 14,
sem estrutura para vida útil
tão longa. Em 2004, um TAC
(Termo de Ajustamento de
Conduta) foi assinado com a
Promotoria, que exigia o fim
das operações no lixão.
No contrato vigente com a
Vega Engenharia Ambiental,
a empresa recebe por tonelada. Quanto mais lixo leva para a Fazenda Guaporé, na
Washington Luís, onde está
o aterro, mais ganha.
A nova modalidade de
contrato pretendida será
uma PPP (Parceria Público-Privada), que premiará a empresa à medida em que implementar práticas que reduzam a quantidade de lixo coletado e, consequentemente,
aterrado, como a instalação
de usinas de reciclagem.
Shiroma não soube informar de que modo essa premiação ocorreria.
"Hoje é a prefeitura quem
administra o aterro, arcando
com todos os custos e riscos.
Com o novo contrato, a concessionária que for escolhida
será a responsável", afirmou.
A Folha tentou ouvir o
promotor do Meio Ambiente
de São Carlos, Marcos Funari, mas ele não atendeu. O
atual aterro seguirá monitorado, mas não há planos para
a sua ocupação.
O custo do novo aterro é
estimado em R$ 18 milhões
-com desapropriações, pode custar R$ 1 milhão a mais.
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