Ribeirão Preto, Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011

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Sem vacina, São Carlos vive surto de catapora

Quatro escolas enfrentam varicela sem ter como bloquear a doença

Saúde espera há 25 dias lote com 200 vacinas para imunizar crianças; Estado afirma que tem desabastecimento

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Escolas e creches de São Carlos já registraram neste ano 12 surtos de catapora. Quatro instituições de ensino ainda estão nessa situação, colocando em risco ao menos 200 crianças da cidade.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, somente no mês de outubro já foram confirmados 234 casos -quase dez novos doentes por dia. Entre janeiro e setembro deste ano, São Carlos teve 566 casos de catapora, 30% mais que no mesmo período do ano passado, quando 436 pessoas ficaram doentes.
A catapora é transmitida por um vírus e causa febre e feridas na pele. Apesar de ser uma doença altamente contagiosa, a vacina não faz parte do calendário de imunização das crianças, que são vacinadas conforme os surtos. Neste ano, já foram vacinadas 375 crianças nas escolas notificadas com surto, disse Edel Zoia, coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
Para novos casos, no entanto, não há vacina, o que traz preocupação à cidade. Os produtos são necessários para bloquear a transmissão da doença. Segundo Edel, quando uma criança tem catapora, a escola ou creche identifica quantos alunos já ficaram doentes ou foram vacinadas. As demais são imunizadas contra o vírus.
Segundo a Prefeitura de São Carlos, um pedido de 200 vacinas foi feito à Secretaria de Estado da Saúde no início desde mês, mas nada foi enviado à cidade.
A secretaria da Saúde confirma que há um desabastecimento de vacinas contra a catapora em São Paulo. Segundo a pasta, já foram providenciadas as compras do produto para normalizar os estoques, mas o órgão não informou o prazo para receber os produtos e repassá-los às cidades com surtos.
A secretaria informou que as crianças que adquiriram catapora devem ficar afastadas da escola ou da creche, para evitar a transmissão.


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