Ribeirão Preto, Sábado, 27 de Fevereiro de 2010

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Aprovada, CPI da Feira do Livro muda mira

Comissão da Câmara de Ribeirão deixa fundação de lado, por enquanto, e foca a investigação nas secretarias municipais

Adriana Silva, secretária da Cultura, e o responsável pela aprovação de contas da feira na Fazenda serão os primeiros convocados

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Depois de "atirar" contra a diretoria da Fundação Feira do Livro, que realiza há três anos a Feira do Livro de Ribeirão, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aprovada anteontem pela Câmara mudou a mira para a prefeitura.
Segundo o vereador Walter Gomes (PR), presidente da CPI que deve ser instalada na segunda-feira, os dois primeiros convocados devem ser a secretária da Cultura, Adriana Silva, e o responsável pela aprovação das contas da fundação na Secretaria da Fazenda.
As denúncias de suposto superfaturamento que motivaram a abertura da CPI envolvem indícios de pagamento a mais pela montagem do palco onde aconteceram os shows, emissão de suposta nota fiscal fria por um dos prestadores de serviço e outras.
O Ministério Público Estadual também abriu inquérito e vai apurar as mesmas denúncias, a pedido da Procuradoria.
Na sessão de anteontem, apenas os vereadores Bertinho Scandiuzzi (PSDB), Jorge Parada (PT), Léo Oliveira (PMDB), Maurílio Romano (PP) e Waldyr Vilela (DEM) votaram contra a instalação da CPI. O presidente da Câmara, Cícero Gomes (PMDB), que não precisa votar, se absteve e Marcelo Palinkas (DEM) não participou (está na Alemanha em viagem oficial).
Procurada pela Folha, a presidente da Fundação, Isabel de Farias, não quis se pronunciar sobre a abertura da CPI. Segundo ela, que sempre negou as acusações da Câmara, esse é um assunto que deve ser tratado apenas pelo Legislativo e pela Promotoria, já que a prestação de contas da feira foi aprovada pela prefeitura.
Anteontem, em reunião na fundação, Isabel decidiu se afastar da coordenação da programação cultural do evento deste ano, papel que será assumido pelo sociólogo Sérgio Lago, ex-secretário da Cultura de Ribeirão. Ela negou que a decisão tenha relação com a abertura da CPI.


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