Membro da Executiva municipal quer explicações e posicionamento do partido

DA FOLHA RIBEIRÃO

O voto contrário do PT à instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Feira do Livro de Ribeirão Preto vai gerar discussão oficial no diretório do partido na cidade.
O contador e ex-assessor parlamentar da Câmara de Ribeirão André Almeida, membro da Executiva municipal do partido empossada no início deste mês, vai pedir explicações sobre o posicionamento do vereador Jorge Parada, o único petista desta legislatura.
Almeida alega que o PT deveria defender a abertura da CPI porque o suposto superfaturamento das contas da feira envolvem o gasto de recursos públicos, incluindo os repassados pela Prefeitura de Ribeirão, comandada pelo DEM.
Além disso, ele cobra a aprovação de resolução pelo diretório do posicionamento de oposição do PT local em relação à gestão da prefeita Dárcy Vera.
Almeida pertence à corrente A Mensagem, que indicou o ex-vereador Beto Cangussú para a disputa à presidência do diretório. O grupo perdeu as eleições para Pedro Jesus Sampaio, ligado ao Campo Majoritário, o mesmo de Parada e do ex-prefeito Antonio Palocci Filho.
Se forem comprovadas as denúncias de superfaturamento, será atingida diretamente a Fundação Feira do Livro, que tem em seus quadros pessoas próximas a Palocci como o advogado que disputou a Prefeitura de Ribeirão Sérgio Roxo, a cunhada de Palocci Eliana Palocci e Galeno Amorim, que elaborou o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) no primeiro ano do governo Lula.
Procurado pela Folha, Jorge Parada afirmou que não existem fatos novos envolvendo as contas da fundação que justifiquem uma CPI, uma vez que já há inquérito instaurado para apurar as mesmas denúncias na Promotoria de Ribeirão. Ele disse ainda que as pessoas ligadas à fundação são "idôneas, até que se prove o contrário".


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