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Casal é preso acusado de dar bebida para o filhinho
Menino de 1 ano e meio foi internado com coma alcoólico em Sertãozinho
Pai diz que filho, que está em estado grave, pode ter bebido pinga escondido; mãe, que garoto foi atropelado
HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO
Um casal foi preso na tarde
de ontem em Sertãozinho
acusado de dar bebida alcoólica para o filho de um ano e
meio de idade. A criança está
internada em coma alcoólico
na Santa Casa da cidade.
Segundo a Polícia Militar,
uma testemunha informou
que uma criança estava embriagada na Vila Garcia, periferia de Sertãozinho.
No local, os policiais encontraram os pais da criança
alcoolizados, mas o menino
já tinha sido levado por uma
tia até o hospital.
"A mãe disse que o menino
foi atropelado por uma moto,
mas as testemunhas disseram que era mentira. Fomos
até o hospital e a médica nos
confirmou que a criança estava em coma alcoólico", disse o policial Luís Fernando
dos Santos.
Tereza de Lourdes Militão
Pedroso, 25, e Edivar Rodrigues da Silva, 30, trabalham
recolhendo materiais recicláveis e moram num barraco de
madeira de um cômodo. Eles
têm mais quatro filhos. O
mais velho tem 9 anos e o
mais novo, 9 meses.
O delegado Plaucio Fernandes foi até o bairro onde o
casal mora e, segundo ele,
testemunhas afirmaram que
não era a primeira vez que as
crianças bebiam álcool.
"Os vizinhos falaram que
já viram outras vezes os meninos cambaleando e com
cheiro forte de álcool."
O casal nega as acusações.
Silva afirmou que estava no
bar quando o filho passou
mal e que o bebê pode ter bebido escondido.
"Um colega disse que passou em casa e deixou uma
garrafinha de pinga embaixo
da estante e acho que meu
menino tomou. Nunca dei
bebida para eles."
Já a mãe do menino continuou afirmando que ele havia sido atropelado por uma
moto quando brincava em
frente de casa. Ela não soube
explicar porque a criança estava com hálito de álcool.
"Meu filho mais velho estava com ele e me disse que
ele foi atropelado. Agora estão falando que ele estava bêbado, mas não sei como isso
pode ter acontecido. Só se ele
tomou alguma coisa na rua,
porque em casa não tinha cachaça nenhuma."
Pedroso confirmou que
passou a noite bebendo com
o marido, mas nega que eles
deem álcool para os filhos.
De acordo com a assessoria da Santa Casa, o criança
não tem marcas ou lesões
que indiquem um atropelamento. O estado de saúde do
menino é grave e ele corre risco de morte.
O casal foi autuado em flagrante no artigo 243 do ECA
(Estatuto da Criança e do
Adolescente), por fornecer
produtos que podem provocar a dependência física ou
psíquica de menores.
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