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Receita cai e faz Prefeitura de Barretos conter gastos
Administração afirma que arrecadação é R$ 15,6 milhões menor desde janeiro
Horas extras foram cortadas e jornada de trabalho está menor para funcionários que atuam na área operacional, como os da limpeza pública
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A queda de receita registrada
pela Prefeitura de Barretos
obrigou a administração municipal a colocar em prática um
plano de contenção, que inclui
o corte no pagamento de horas
extras e a redução da jornada
de trabalho de servidores.
De acordo com o secretário
de Governo e Gestão Estratégica, Eliazar Ceccon, a prefeitura
acumula perdas de R$ 15,6 milhões de janeiro até agora. A
queda envolve principalmente
o FPM (Fundo de Participação
dos Municípios).
O município estimava fechar
2009 com um Orçamento de
R$ 159,4 milhões, mas a previsão caiu 12% e agora está na casa dos R$ 140 milhões.
Com menos recursos em caixa, uma das primeiras medidas
foi o corte de parte das horas
extras dos 3.300 funcionários.
O valor referente a agosto, pago
no mês passado, foi reduzido
em 40%. No mês anterior a redução já havia sido de 20%.
Como ficou devendo parte
das horas extras, a administração chegou a enfrentar paralisação, como a que ocorreu no
Caps (Centro de Atenção Psicossocial). Nos dias 15 e 16 deste mês, os funcionários do setor
trabalharam apenas as oito horas por dia e se negaram a fazer
horas extras. O Caps funciona
durante 24 horas.
O secretário da Saúde e vice-prefeito, Mussa Calil Neto, disse que novas paralisações são
descartadas e que a prefeitura
avalia a disponibilidade de caixa para que os valores retidos
sejam pagos. Mas Ceccon afirmou que, por causa da falta de
dinheiro, o crédito dos servidores poderá ser transformado
em banco de horas.
A carga horária de servidores
operacionais, como os que trabalham na limpeza pública, foi
reduzida desde o início de outubro. Eles passaram a trabalhar das 7h00 às 13h00 -antes
era das 7h00 às 17h00.
Segundo Ceccon, a mudança
permite economizar com horas
extras, combustíveis e alimentação, pois no novo horário os
servidores deixaram de almoçar no refeitório da prefeitura.
A medida poderá ser estendida
ao setor administrativo do governo, mas isso ainda está em
estudo. Ceccon disse que apesar da mudança não houve prejuízo aos serviços.
Além da queda na receita, a
prefeitura sofreu um sequestro
de R$ 1,5 milhão para pagamento de precatório referente
à desapropriação do Cine Barretos, ocorrida em 1991. Segundo Ceccon, o sequestro ajudou
a agravar a situação financeira.
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