Falta de segurança foi detectada em construções no Hospital-Escola e no campus 2 da USP, em São Carlos

Cinco construtoras receberam notificação, assim como a prefeitura e a USP, responsáveis por contratar empresas

DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério Público do Trabalho encontrou irregularidades em obras que estão em andamento na USP e no Hospital-Escola, em São Carlos, em fiscalização que foi realizada anteontem.
No Hospital-Escola, o principal problema encontrado foi a falta de segurança para os operários que trabalhavam em locais altos.
Uma das falhas detectadas foi a utilização pelos trabalhadores de um andaime com cerca de três metros de altura que não tinha nenhum tipo de fixação.
No campus 2 da USP, duas obras foram fiscalizadas: a construção de novos prédios para os cursos de física e engenharia. Problemas de segurança também foram encontrados nos dois locais.
Havia falta de proteção em elevadores e escadas e ausência de estrutura adequada para que os operários fixassem cinto de segurança.
De acordo com o procurador Cássio Calvilani Dalla-Déa, houve uma audiência pública em setembro com as construtoras da microrregião de Araraquara, na qual foram listadas as obras em andamento nos municípios.
A lista apresentada na audiência serviu de base para que algumas obras fossem visitadas pelos fiscais.
Cinco empresas foram notificadas na ação realizada anteontem. A Prefeitura de São Carlos e a USP também serão notificadas pelo Ministério Público, pois são responsáveis pelos processos de contratação das construtoras que atuam nas obras.
A Prefeitura de São Carlos informou, por meio da assessoria, que não foi notificada oficialmente, mas que cobrará das empresas o cumprimento de todas as normas previstas em contrato, incluindo as que se referem à segurança dos operários.
A assessoria USP em São Carlos informou que a instituição ainda não foi notificada, mas vai exigir das empresas que as irregularidades detectadas sejam sanadas.
A ação do Ministério Público do Trabalho na área da construção civil continuaria ontem em Araraquara, mas até o fechamento desta edição não havia um balanço sobre quais obras foram fiscalizadas e o resultado.


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