JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Por causa da superlotação de pacientes, a Unidade de Emergência do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão é acusada de segurar macas da equipe de ambulâncias.
A situação se tornou mais intensa há três semanas. A Folha apurou que pelo menos três médicos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) registraram boletim de ocorrência devido à situação, pois não puderam deixar o hospital com a ambulância sem a maca.
Segundo o coordenador-geral do Samu, Marcelo Dinardi, as equipes chegam a ficar até seis horas esperando a liberação da maca.
Só neste mês, foram 24 retidas em hospitais, 60% delas no HC. O número já supera o índice de todo o mês de outubro -22.
Dinardi disse que a situação gera atrasos no atendimento a outros chamados, mas nega que alguém tenha deixado de ser socorrido. O Samu possui 12 ambulâncias, sendo uma UTI Móvel.
O diretor clínico do hospital, Octávio Marques Pontes Neto, admite que macas são retidas na unidade em dias de superlotação.
A explicação é a de que faltam leitos porque existe uma sobrecarga de pacientes enviados ao hospital.
"Estamos tratando do assunto com o Ministério Público, para encontrar uma solução estrutural. Não basta só comprar mais macas."


Texto Anterior: 28,8% dos adultos pobres são obesos
Índice | Comunicar Erros