DA FOLHA RIBEIRÃO

A Câmara de Araraquara aprovou nesta semana um projeto de lei complementar encaminhado pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) que permite a realização de rodeios no município, mas com algumas restrições. Vaquejadas, touradas, farra do boi e prova do laço continuam vetadas.
O projeto estabelece critérios para o organizador do evento, como proibição da utilização de esporas de metal, sedém feito de algodão (instrumento que causa incômodos na virilha de touros, éguas e cavalos) e a exigência de um veterinário ligado a associações protetoras de animais.
A proposta da proibição foi feita pelo vereador João Farias (PRB). A primeira votação foi realizada no dia 2 de março e a discussão do projeto, que lotou o plenário da Casa, levou aproximadamente cinco horas.
Foram sete votos a favor e quatro contra a abolição do rodeio. O prefeito, pressionado por grupos favoráveis ao evento, vetou a proibição e estabeleceu as restrições.
A decisão não agradou a Aapa (Associação Araraquarense de Proteção aos Animais). "É absurdo Araraquara ter aprovado isso. Não temos essa tradição e a cidade pode ter outros eventos para atrair o público", afirmou a presidente da entidade, Adriana Mattos.
Para a presidente, mesmo a fiscalização não assegura que os animais não serão vítimas de maus-tratos.
"O fato de a espora ser de borracha, por exemplo, não deixa de agredir o animal, pois dependendo da brutalidade do golpe no bicho ele ficará machucado", afirmou.
A discussão envolvendo a realização de rodeios também acontece em Barretos, que realizou anteontem, no Parque do Peão, um congresso sobre o evento, com o objetivo de propagar as "boas práticas".


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