Ribeirão Preto, Quarta-feira, 28 de Abril de 2010

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Orlândia confirma primeira morte por dengue na cidade

Açougueiro de 22 anos morreu no último dia 19 no Hospital São Francisco, em Ribeirão Preto

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto confirmou que um jovem de 22 anos morreu, no último dia 20, de dengue hemorrágica. O açougueiro Raul Paulo Simões estava internado em Ribeirão, mas morava em Orlândia. A cidade tem 170 casos confirmados da doença e outros 209 suspeitos.
O metalúrgico José Mário Simões, 52, pai da vítima, disse que os dois começaram a apresentar os sintomas de dengue ao mesmo tempo, no último dia 11. Sete dias depois de aparecerem os primeiros sintomas, o jovem foi internado em estado grave no Hospital São Francisco, em Ribeirão Preto.
"De madrugada apareceram umas manchas roxas na pele e ele reclamava de muita dor no abdome. Chegou a dizer para o médico abrir a barriga dele se fosse preciso", disse Simões.
Na manhã do dia 19, o estado de saúde do açougueiro piorou e ele passou a respirar com a ajuda de aparelhos, mas não resistiu e morreu na madrugada do dia seguinte.
"Ele era um exemplo em casa. Não bebia, não fumava e era trabalhador. Em 22 anos de vida nunca levantou a voz para mim. Não sei como serão nossas vidas sem ele", disse o pai.
Com os 170 casos confirmados e 37,5 mil moradores, Orlândia já registra 4,5 doentes para cada mil habitantes -a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera epidemia quando o índice é maior que três casos por mil habitantes.
Na região também há epidemia de dengue em Rincão, Jaboticabal, Ibitinga, Jardinópolis, Taquaritinga, Pontal, Itápolis, Serrana, Brodowski, Cajuru, Barretos e Ribeirão.

Descartados
Em Ribeirão, a Secretaria da Saúde descartou a dengue como causa da morte de Vellina Fabretti Manfrin, 94.
A idosa morreu no dia 16, depois de 22 dias internada no Hospital São Francisco. Ela tinha sofrido três derrames e não tinha um pulmão.
O município confirmou até anteontem 13.960 casos de dengue, com três mortes provocadas pela doença.
A morte de uma mulher de 99 anos também é investigada como suspeita de dengue. A idosa morreu na semana passada em Ribeirão, mas a chefe da Vigilância Epidemiológica, Ana Alice de Castro e Silva, disse que a dengue não é a principal suspeita como causa de morte.
"Como vivemos uma grande epidemia temos que investigar todos os casos que não têm causa definida", disse.


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