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Orlândia confirma primeira morte por dengue na cidade
Açougueiro de 22 anos morreu no último dia 19
no Hospital São Francisco, em Ribeirão Preto
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto confirmou que um
jovem de 22 anos morreu, no
último dia 20, de dengue hemorrágica. O açougueiro Raul
Paulo Simões estava internado
em Ribeirão, mas morava em
Orlândia. A cidade tem 170 casos confirmados da doença e
outros 209 suspeitos.
O metalúrgico José Mário Simões, 52, pai da vítima, disse
que os dois começaram a apresentar os sintomas de dengue
ao mesmo tempo, no último dia
11. Sete dias depois de aparecerem os primeiros sintomas, o
jovem foi internado em estado
grave no Hospital São Francisco, em Ribeirão Preto.
"De madrugada apareceram
umas manchas roxas na pele e
ele reclamava de muita dor no
abdome. Chegou a dizer para o
médico abrir a barriga dele se
fosse preciso", disse Simões.
Na manhã do dia 19, o estado
de saúde do açougueiro piorou
e ele passou a respirar com a
ajuda de aparelhos, mas não resistiu e morreu na madrugada
do dia seguinte.
"Ele era um exemplo em casa. Não bebia, não fumava e era
trabalhador. Em 22 anos de vida nunca levantou a voz para
mim. Não sei como serão nossas vidas sem ele", disse o pai.
Com os 170 casos confirmados e 37,5 mil moradores, Orlândia já registra 4,5 doentes
para cada mil habitantes -a
OMS (Organização Mundial da
Saúde) considera epidemia
quando o índice é maior que
três casos por mil habitantes.
Na região também há epidemia de dengue em Rincão, Jaboticabal, Ibitinga, Jardinópolis, Taquaritinga, Pontal, Itápolis, Serrana, Brodowski, Cajuru,
Barretos e Ribeirão.
Descartados
Em Ribeirão, a Secretaria da
Saúde descartou a dengue como causa da morte de Vellina
Fabretti Manfrin, 94.
A idosa morreu no dia 16, depois de 22 dias internada no
Hospital São Francisco. Ela tinha sofrido três derrames e não
tinha um pulmão.
O município confirmou até
anteontem 13.960 casos de
dengue, com três mortes provocadas pela doença.
A morte de uma mulher de
99 anos também é investigada
como suspeita de dengue. A
idosa morreu na semana passada em Ribeirão, mas a chefe da
Vigilância Epidemiológica, Ana
Alice de Castro e Silva, disse
que a dengue não é a principal
suspeita como causa de morte.
"Como vivemos uma grande
epidemia temos que investigar
todos os casos que não têm causa definida", disse.
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