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Araraquara quer fechar lojas de conveniência
Restrição, à noite, tem o objetivo de acabar com algazarra de jovens em postos de gasolina
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
A algazarra provocada por
jovens atraídos pelas lojas de
conveniência nos postos de
combustíveis de Araraquara
levou à proposta de uma medida extrema na cidade: a
restrição no funcionamento
dos estabelecimentos.
Segundo projeto de lei em
tramitação na Câmara, as lojas devem permanecer fechadas das 23h às 6h, de segunda a quinta-feira, e da 0h às
6h, de sexta-feira a domingo,
sob pena de multas que chegam a R$ 6.000 e cassação do
alvará de funcionamento.
A medida, porém, encontrou resistência tanto por
proprietários de postos
quanto por funcionários e dividiu opiniões na cidade.
Uma das principais preocupações é o consumo de bebidas alcoólicas e drogas.
O Ministério Público foi
convocado a auxiliar nas negociações e deve propor, em
consenso com os donos de
postos, um acordo para impedir a algazarra que tem tirado o sono dos moradores
ao redor dos postos.
Segundo o promotor Raul
de Mello Franco Júnior, o
acordo será uma tentativa de
resolver o problema.
"Será uma decisão consensual. Depois de discutirmos, vamos minutar o acordo com os donos de postos."
O presidente regional do
Sincopetro (sindicato dos donos de postos), João Possi,
afirmou que o acordo poderá
impedir a aplicação da lei.
"Não queremos dar perturbação para ninguém, mas
também não queremos ser
multados", disse.
Possi afirmou que deve
apresentar em breve uma
proposta para o acordo. Nele,
os donos de postos ficariam
responsáveis por evitar o barulho provocado por jovens,
o consumo exagerado de bebidas e o som alto.
O vereador João Farias
(PRB), autor do projeto de lei,
disse que mudará o texto da
proposta e incluirá o acordo
entre o Ministério Público e
os donos de postos. "Quem
não aderir, vai ficar sob fiscalização direta da lei", disse.
Segundo ele, a cidade tem
40 postos de combustíveis e
sete têm lojas de conveniência que funcionam 24 horas.
"Dessas lojas, umas cinco se
tornaram ponto de lazer e
consumo de bebida", disse.
A perturbação do sossego é
crime previsto no Código Penal, com pena de 15 dias a três
meses de prisão ou multa.
Em Ribeirão Preto, o problema ainda existe, porém,
em menor intensidade após
operações em conjunto da
polícia e do Ministério Público, segundo o chefe do Departamento de Fiscalização
Geral, Oswaldo Braga.
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