Ribeirão Preto, Segunda-feira, 28 de Junho de 2010

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Venda de caminhão sobe 45% na região

Demanda aquecida nas quatro maiores cidades da região faz com que fila de espera já se estenda por 90 dias

Concessionárias dizem que aumento se deve à alta no consumo e na produção e à extensão do prazo de IPI reduzido

Edson Silva/Folhapress
Funcionário da Santa Emília Caminhões e Ônibus ajeita rampa de uma "cegonha" de caminhões estacionada no pátio da concessionária, em Ribeirão

JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

Crescimento econômico acelerado e condições favoráveis de financiamento estão impulsionando a venda de caminhões na região no início deste ano. Em algumas concessionárias, já falta produto para atender a demanda das empresas.
Nas quatro maiores cidades da região, a venda desse tipo de veículo teve alta de 45% nos cinco primeiros meses de 2010. Foram vendidos, no período, 17.364 caminhões em Ribeirão, Franca, Araraquara e São Carlos.
No mesmo intervalo do ano passado, as vendas somaram 14.511 unidades.
Como para os carros de passeio, os negócios com caminhões se beneficiam da condição econômica favorável, mas de forma indireta: o aumento da renda da população leva à alta no consumo e, como consequência, a um incremento na produção.
Para carregar esse volume extra, as empresas investem na frota de transportes. "O que puxou esse aumento foi, principalmente, a movimentação econômica na construção civil e no agronegócio", disse o gerente comercial da Santa Emília Caminhões e Ônibus, André Botelho.
A empresa, com unidades em Ribeirão e em Franca, quer terminar o ano com vendas 30% superiores ao recorde de 2008, quando negociou 600 caminhões.
A prorrogação da isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que terminaria na quarta, mas foi prorrogada até o final de 2010, deve contribuir para atingir a meta, diz Botelho.
Linhas de financiamentos subsidiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estão no pacote de facilidades para quem compra veículos pesados, disse o diretor da Ribeirão Diesel, Ricardo de Stéfani, que vende a marca Mercedes.
Na Eraldo Caminhões, que comercializa a marca Iveco, o gerente de vendas Aparecido Donizeti Carvalho disse que, para algumas linhas, a espera por caminhões pode chegar a 60 dias.
Na Santa Emília, também faltam algumas linhas de caminhões. A espera pode chegar a 90 dias, diz Botelho.
Um dos clientes da Santa Emília é a Rodonaves, transportadora nascida em Ribeirão que atua em setes Estados e no Distrito Federal.
Em 2010, a empresa de logística já adquiriu 124 caminhões pesados. Desses, 34 irão renovar a frota e os outros 90 entrarão em operação para suprir a "demanda forte de entregas", segundo o presidente da Rodonaves, João Braz Naves. "Neste ano já temos um aumento de 40% no fluxo de carga", disse Naves.
Para ele, a alta vem tanto de clientes antigos que aumentaram sua produção quanto de novos parceiros.


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