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TJ derruba gratuidade em ônibus de Franca
Liminar suspende passagem grátis para aposentados, pensionistas e deficientes
Ação foi movida por sindicato das empresas; prefeitura não informa quando liminar começará a ser cumprida na cidade
Cassiano Lazarini/"Comércio da Franca"
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Ônibus da São José, concessionária do transporte coletivo em Franca que cobra R$ 2,35 de tarifa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Uma liminar do TJ (Tribunal
de Justiça) de São Paulo suspendeu a gratuidade para deficientes, aposentados por invalidez e pensionistas no transporte público de Franca. A ação
foi movida pelo Sindicato das
Empresas de Transporte de
Passageiros de São Paulo, que
alegou vício de iniciativa nas
leis municipais que concederam o benefício. O município
pode recorrer.
A prefeitura não soube informar ontem quando a liminar
começa a ser cumprida. Até ontem o benefício não havia sido
suspenso. Segundo o TJ, a prefeitura já foi notificada via fax.
Segundo o advogado do sindicato, Carlos Daniel Rolfsen,
as leis causam desequilíbrio no
contrato de prestação de serviço com as empresas de transporte coletivo, já que a prefeitura não subsidia a gratuidade.
Ele afirmou que, mesmo que
houvesse subsídio, a lei seria
inconstitucional do mesmo jeito, pois uma lei criada por um
vereador não pode gerar custos
aos cofres públicos. "A iniciativa de criar uma lei como essa
deve partir do Executivo."
Segundo a prefeitura, 9.700
pessoas serão afetadas pela liminar. Ao todo 80 mil utilizam
o transporte público na cidade
diariamente. Uma das leis suspensas atinge também aposentados que recebem até dois salários mínimos.
O gerente da São José, a única empresa prestadora de serviço de transporte de Franca,
Deliomar Rodrigues, disse que
não iria se manifestar ontem. A
tarifa em Franca custa R$ 2,35,
uma das mais altas do Estado
-supera 26 capitais.
O reajuste de R$ 0,15 (ou
5,5%) foi definido em julho e ficou acima da inflação, mas não
agradou a empresa São José,
que esperava pelo menos 9%. O
pedido inicial era de 58%, o que
elevaria a tarifa para R$ 3,48.
Uma das justificativas era o número alto de gratuidades.
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