|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INVESTIGAÇÃO
Ex-diretor da Câmara Municipal de Ribeirão Preto foi acusado de extorquir uma funcionária
MP pede arquivamento do caso Sandrin
ANGELO SASTRE
free-lance para a Folha Ribeirão
O promotor Carlos Goulart solicitou o arquivamento da denúncia de extorsão contra o ex-diretor da Câmara de Ribeirão Preto e
juiz aposentado Guilherme Sandrin Filho.
O processo está sendo analisado
pelo juiz Rui Ribeiro Magalhães,
de Araraquara.
Em dezembro do ano passado,
o juiz aposentado foi preso em
flagrante sob acusação de extorquir dinheiro da auxiliar de diretoria Rosemeyre Aparecida Ferreira Gomes.
Na ocasião, a polícia encontrou
um cheque da auxiliar, no valor
de R$ 700, no bolso de Sandrin Filho, que permaneceu preso por 16
horas.
De acordo com a denúncia de
Rosemeyre, o juiz aposentado a
obrigava a entregar 50% de seu
salário (em torno de R$ 1.500).
Em seu parecer, o promotor
Carlos Goulart afirma que não ficou caracterizado o crime de extorsão, já que por ser funcionário
público o delito seria de concussão.
Mesmo assim, ele diz em sua
conclusão que o crime não foi verificado porque não foi comprovado o constrangimento, que caracterizaria o delito.
O vereador Leopoldo Paulino
(PSB), que na época era presidente da Câmara, afirma que está
com a consciência tranquila em
relação ao caso.
"O juiz ainda não decidiu arquivar o processo. Além disso, eu
cumpri com o meu dever ao receber a denúncia da funcionária",
diz Paulino.
Ele afirma que não vai tomar
nenhuma medida junto ao Judiciário, mesmo que o arquivamento seja confirmado pelo juiz. "Como não faço parte do processo,
não vou entrar com nenhum recurso", diz.
Por outro lado, ele afirma que
relatou o fato ao senador Ramez
Tebet (PMDB), que preside a CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) do Judiciário.
A Folha procurou a auxiliar de
diretoria Rosemeyre Aparecida
Ferreira Gomes, mas foi informada por funcionários da Câmara de
Ribeirão que ela estaria em São
Paulo.
O juiz aposentado e ex-diretor
da Câmara Guilherme Sandrin Filho também foi procurado pela
Folha, mas seus familiares informaram que ele estaria viajando e
só deve retornar à cidade na próxima semana.
Durante toda a tarde de ontem,
a Folha tentou localizar o promotor Carlos Goulart no Ministério
Público para comentar o assunto,
mas não obteve contato.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|