DA FOLHA RIBEIRÃO

A rede de calçados Humanitarian, que tem cinco lojas em Ribeirão, interrompeu anteontem a reforma iniciada na semana passada na loja a ser instalada na antiga unidade do Pinguim do edifício Diederichsen, no calçadão da região central, que é tombada pelo patrimônio histórico do Estado de São Paulo.
A paralisação foi constatada ontem pela Folha e confirmada pelo departamento de marketing da rede.
Conforme publicou a Folha no último dia 23, o espaço em que a nova Humanitarian será instalada foi ocupada pela primeira choperia Pinguim do município, inaugurada em 1937. Até dez dias antes, o local abrigava a loja de suvenires da tradicional choperia.
O início das obras foi questionado pelo arquiteto Cláudio Bauso, membro do Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto), que afirmou que a reforma estava sendo feita sem aprovação.
Ontem, a assessoria de imprensa do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), informou que nenhum projeto que indicasse a proposta de reforma foi apresentado ao órgão estadual, o que é irregular.
Da antiga choperia, o espaço ainda conserva pisos no estilo tabuleiro de xadrez, feitos de mármore italiano, e mezaninos e peitoris de metal feitos artesanalmente.
Ontem, o departamento de marketing da rede de lojas -que tem sede em Bragança Paulista- informou que enviará até amanhã o projeto de reforma do espaço ao Condephaat.
O projeto prevê a conservação do piso, do mezanino e do peitoril, ainda de acordo com a rede de lojas. Na última semana, a assessoria de imprensa do Pinguim informou que não iria requerer o piso e os peitoris.
(VERIDIANA RIBEIRO)


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