Ribeirão Preto, Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

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"Não queria ter julgado o caso", afirma juiz

DA FOLHA RIBEIRÃO

O desembargador José Geraldo Barretos Fonseca, relator do processo em que o promotor Thales Ferri Schoedl é acusado de homicídio, disse entender as declarações da comerciante Sônia Mendes Modanez, mãe de Diego, que acusou ele e os outros desembargadores de serem "iguais ou piores" que o assassino de seu filho.
"Você tem um filho de 20 anos, de repente ele morre levando um tiro, você perde a cabeça. (...) Mas nada restitui a vida do filho dela, nem a condenação de um inocente."
Ele defende, como seus colegas, que Schoedl agiu em legítima defesa, mas afirmou que não queria ter julgado o caso. "Julgar na frente da mãe é falar para a mãe que o filho dela morreu praticando uma agressão injusta. Duro isso. Seu filho morreu por que? Porque era um agressor injusto. Eu não engoliria."
Apesar de defender a tese de legítima defesa, Fonseca disse que a imagem do TJ ficou ruim perante a sociedade. Para ele, os promotores não deviam andar armados. "Mas se esse moço [Schoedl] não estivesse armado, teria morrido."


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