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Paciente com suspeita de dengue terá "atendimento preferencial"
Medida é adotada na zona leste de Ribeirão, que tem 203 dos 419 casos do ano
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A partir de segunda, a UBDS
(Unidade Básica Distrital de
Saúde) do Castelo Branco e as
seis UBSs (Unidades Básicas de
Saúde) da zona leste de Ribeirão Preto vão dar atendimento
preferencial a pacientes com
suspeita de dengue, inclusive
com a criação de uma ala para
atendimento exclusivo. A decisão foi tomada porque a região
concentra o maior número de
casos da doença no ano na cidade -203, de um total de 419, segundo a Secretaria da Saúde.
Segundo Wadis Gomes da
Silva, diretor do departamento
de atenção à saúde das pessoas,
a UBDS do Castelo Branco deve
ter uma sala para atendimento
exclusivo de pacientes com
suspeita da doença. Os detalhes
sobre quantos profissionais farão o atendimento e qual será o
horário de funcionamento dessa sala devem ser definidos hoje, segundo o diretor.
Já nas UBSs, a ideia é que sejam atendidos e tratados os pacientes com sintomas mais leves da doença. O objetivo é evitar tumulto na UBDS do Castelo Branco, que funciona 24 horas por dia e já tem um fluxo
grande de pacientes no pronto-atendimento -entre 5.000 e
6.000 ao mês.
"Todas as UBSs da cidade
têm centrífuga para exame de
sangue e cadeiras para hidratação oral. O que nós estamos pedindo é que, antes de mandar o
paciente embora para casa, se
ele tiver febre, que sejam feitos
exames", disse o diretor.
Segundo Silva, exames como
o de sangue e o "teste do laço",
que é feito com uma borracha
amarrada ao braço do paciente
para detecção de edemas na pele (petéquias), já podem auxiliar no diagnóstico da dengue.
O modelo que será adotado
para a região leste de Ribeirão
deve ser transferido também
para a distrital sul, onde vive o
segundo maior número de pessoas que estão com dengue em
Ribeirão, 112. E, posteriormente, para as outras três distritais
da cidade. Não há data, porém,
para que isso aconteça.
A secretaria também estuda
criar um polo intermediário de
atendimento, fora das UBDSs,
em caso de agravamento da infestação da doença no município. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Maria Luiza
Santa Maria, a cidade deve viver neste ano a pior epidemia
de sua história, superando a de
2006, quando 5.997 pessoas
contraíram a doença.
Hoje, a secretaria se reúne
com representantes dos hospitais privados de Ribeirão para
alertar os profissionais sobre a
necessidade de diagnosticar a
dengue precocemente.
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