Ribeirão Preto, Sábado, 29 de Janeiro de 2011

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Filial da Nilza em Minas já tem comprador

Fabricante dos queijos Quatá anunciou ontem à Justiça interesse em adquirir unidade

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A empresa de laticínios Nova Mix, fabricante dos queijos Quatá, confirmou ontem à Justiça interesse em adquirir a filial de Campo Belo (MG) da indústria de alimentos Nilza, de Ribeirão Preto.
Atualmente, a unidade está arrendada pela própria Nova Mix, para sua unidade de processamento de leite UHT. O valor do negócio está estimado em R$ 7,5 milhões.
A Nilza estava em processo de recuperação judicial. Porém, após suspeitas de fraude envolvendo compra de votos e lavagem de dinheiro, a Justiça decretou sua falência.
O juiz da 4ª Vara Cível de Ribeirão, Héber Mendes Batista, determinou a avaliação da filial para publicar o edital de leilão. Outras empresas poderão concorrer.
Caso apenas a Nova Mix participe do leilão, ela comprará a empresa pelo valor avaliado. A análise será feita por um perito contratado pela administradora judicial da Nilza, a Deloitte Consultoria.
"Determinei urgência na avaliação da unidade de Campo Belo porque o valor estimado pode cobrir o valor devido aos ex-funcionários, que têm prioridade no recebimento", disse o juiz.
Com relação à sede, em Ribeirão, Batista afirmou que a intenção é também leiloa-la "o mais rápido possível". Localizada às margens da rodovia Anhanguera, a unidade está avaliada entre R$ 7,5 e R$ 10 milhões.
A Nova Mix foi fundada em 1990 e dispõe de cinco unidades produtivas voltadas à fabricação de queijos, desde os mais simples, como mussarela e minas, até parmesão, gorgonzola e ricota.

FRAUDE
Segundo a Justiça e o Ministério Público, a fraude foi cometida pelo sócio majoritário da Nilza, o empresário Adhemar Pereira de Barros, e o dono da Airex Trading, Sérgio Antônio Alambert, comprador da empresa.
A advogada de Barros, Silvia de Lucca, diz que vai recorrer da decisão da Justiça. "Também vamos esclarecer a acusação feita pela Justiça e a Promotoria". Alambert nega ligação com fraude.


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