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Região lidera ranking de atenção ao idoso
Santo Antônio da Alegria lidera o índice estadual Futuridade; mais quatro cidades da região estão entre as dez melhores
Ribeirão aparece apenas em 422º lugar entre os 645 municípios do Estado; Santa Cruz da Esperança e Barrinha estão na rabeira
GEORGE ARAVANIS
ENVIADO ESPECIAL A STO. ANTÔNIO DA
ALEGRIA
Cinco cidades da região de
Ribeirão Preto estão entre as
dez melhores do Estado no inédito Índice Futuridade, que
mede a qualidade de vida oferecida pelas prefeituras a pessoas
com mais de 60 anos.
O resultado foi divulgado ontem pela Secretaria de Estado
da Assistência e Desenvolvimento Social e pela Fundação
Seade (Sistema Estadual de
Análise de Dados).
A primeira colocada é Santo
Antônio da Alegria, que teve
nota 86 numa escala de zero a
cem. Em seguida, aparecem Altinópolis (2º lugar), Cássia dos
Coqueiros (6ª posição), Guaraci (7ª) e Itirapuã (9ª).
Ribeirão Preto está apenas
na 422ª posição entre os 645
municípios do Estado.
A medição da qualidade de
vida dos idosos levou em conta
três fatores: 1) o índice de mortalidade de idosos em 2003 (segundo a Secretaria de Estado
da Assistência, o último disponível); 2) a participação oferecida pelas prefeituras, como opções de lazer, cultura e viagens
e a existência de Conselho Municipal do Idoso; e 3) a rede de
proteção para aqueles com renda baixa e sem família.
O secretário de Estado da Assistência e Desenvolvimento
Social, Rogério Amato, disse
que a pior falha em do Estado é
a rede de proteção social. Questionado se o resultado do ranking pode ser usado como critério na liberação de recursos para prefeituras, disse que a secretaria ainda analisa os dados.
No entanto, disse que o índice não é "uma nota". "É um indicador de ações para os gestores municipais. Uma cidade vai
poder saber que precisa contratar um geriatra, por exemplo."
Mesmo tendo várias cidades
entre as melhores, a região
também incluiu dois municípios entre os dez com os piores
indicadores do Estado: Barrinha -com nota 16,3, na 643ª
posição- e Santa Cruz da Esperança -19,1, no 639º lugar.
Segundo o secretário da Assistência Social de Barrinha,
Nelinton da Silva, o problema é
a falta de dinheiro. "A secretaria tem orçamento de R$ 20
mil, R$ 30 mil por mês", afirmou. Ele disse que os idosos carentes recebem cestas básicas,
mas não há opções de lazer.
"Lazer não tem nem pro jovem
nem pro idoso."
Em Santa Cruz da Esperança, Leida Bruneli, assistente social da prefeitura, disse que a
prefeitura está construindo um
centro do idoso.
Metade da cidades mais bem
colocadas no ranking têm menos de 10 mil habitantes.
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