Ribeirão Preto, Sábado, 29 de Maio de 2010

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USP de Ribeirão assume e muda hospital de Américo

Unidade vai receber doentes terminais para "desafogar" emergência do HC

Unidade, atualmente sob gestão da Unesp, custa R$ 1,8 milhão ao Estado; transferência ocorre em dois meses

LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO

A USP de Ribeirão Preto assumirá a gestão do Hospital Estadual de Américo Brasiliense no lugar da Unesp, que tem R$ 1,8 milhão por mês do Estado para a tarefa.
O "novo" hospital deverá ter uma ala para receber pacientes com longo tempo de internação ou em estágio terminal, assim que for firmado o convênio. A transferência deve ocorrer em dois meses.
A unidade será a primeira da região especializada em cuidados paliativos, segundo o superintendente do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto, Milton Laprega.
A nova ala terá 34 leitos e vai desafogar o atendimento do HC em Ribeirão.
"Com esses pacientes sendo encaminhados para Américo, vai melhorar a ocupação da Unidade de Emergência de Ribeirão Preto, além de essas pessoas terem um tratamento mais adequado", disse Laprega.
Hoje, a emergência do HC acaba abrigando pacientes sem chances de cura por um período mais longo por falta de outro local para esse fim.
"Com a nova unidade, daria para redistribuir e racionalizar o uso dos leitos da emergência, que são para atendimentos rápidos", afirmou o superintendente.
A nova ala vai agregar mais um tipo de serviço ao local que, segundo Laprega, vai continuar atuando em atendimento geral e passará a receber parte dos pacientes de baixa complexidade do HC de Ribeirão Preto.
"A proposta é que as pessoas que moram na região de Araraquara sejam atendidas em Américo e não tenham que vir até Ribeirão para consultas", disse.
O HC está fazendo um levantamento do total de pacientes oriundos da região de Araraquara e dos tipos de procedimentos que eles procuram, com o objetivo de ter ideia da demanda a ser encaminhada a Américo.
Pacientes de média complexidade vão continuar sendo atendidos na unidade de Ribeirão Preto.
Para fazer essa mudança, foi eleita uma comissão de transição que deve, em dois meses, apresentar todo levantamento à Secretaria de Estado da Saúde, para ser firmado o convênio.
Com a nova ala será necessário contratar mais funcionários para o hospital. A equipe que trabalha atualmente será mantida.
"Os recursos humanos e equipamentos permanecem. Será preciso mais gente especializada na área de cuidados paliativos, que atualmente o local não dispõe", disse Laprega.
Com a nova gestão, a proposta é ampliar a ocupação do hospital de Américo, que funciona atualmente com metade da capacidade.


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