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USP de Ribeirão assume e muda hospital de Américo
Unidade vai receber doentes terminais para "desafogar" emergência do HC
Unidade, atualmente sob gestão da Unesp, custa R$ 1,8 milhão ao Estado; transferência ocorre em dois meses
LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO
A USP de Ribeirão Preto
assumirá a gestão do Hospital Estadual de Américo Brasiliense no lugar da Unesp,
que tem R$ 1,8 milhão por
mês do Estado para a tarefa.
O "novo" hospital deverá
ter uma ala para receber pacientes com longo tempo de
internação ou em estágio terminal, assim que for firmado
o convênio. A transferência
deve ocorrer em dois meses.
A unidade será a primeira
da região especializada em
cuidados paliativos, segundo o superintendente do HC
(Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto, Milton Laprega.
A nova ala terá 34 leitos e
vai desafogar o atendimento
do HC em Ribeirão.
"Com esses pacientes sendo encaminhados para Américo, vai melhorar a ocupação da Unidade de Emergência de Ribeirão Preto, além de
essas pessoas terem um tratamento mais adequado",
disse Laprega.
Hoje, a emergência do HC
acaba abrigando pacientes
sem chances de cura por um
período mais longo por falta
de outro local para esse fim.
"Com a nova unidade, daria para redistribuir e racionalizar o uso dos leitos da
emergência, que são para
atendimentos rápidos", afirmou o superintendente.
A nova ala vai agregar
mais um tipo de serviço ao local que, segundo Laprega,
vai continuar atuando em
atendimento geral e passará
a receber parte dos pacientes
de baixa complexidade do
HC de Ribeirão Preto.
"A proposta é que as pessoas que moram na região de
Araraquara sejam atendidas
em Américo e não tenham
que vir até Ribeirão para consultas", disse.
O HC está fazendo um levantamento do total de pacientes oriundos da região de
Araraquara e dos tipos de
procedimentos que eles procuram, com o objetivo de ter
ideia da demanda a ser encaminhada a Américo.
Pacientes de média complexidade vão continuar sendo atendidos na unidade de
Ribeirão Preto.
Para fazer essa mudança,
foi eleita uma comissão de
transição que deve, em dois
meses, apresentar todo levantamento à Secretaria de
Estado da Saúde, para ser firmado o convênio.
Com a nova ala será necessário contratar mais funcionários para o hospital. A
equipe que trabalha atualmente será mantida.
"Os recursos humanos e
equipamentos permanecem.
Será preciso mais gente especializada na área de cuidados paliativos, que atualmente o local não dispõe",
disse Laprega.
Com a nova gestão, a proposta é ampliar a ocupação
do hospital de Américo, que
funciona atualmente com
metade da capacidade.
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