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Câmara adia votação de comissão contra o prefeito de Bebedouro
Abertura do processo que pode levar Italiano à cassação ficou para agosto
HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO
Na última sessão antes do
recesso, ontem à noite, a Câmara de Bebedouro não colocou em votação a abertura de
uma CP (Comissão Processante) contra o prefeito João
Batista Bianchini (PV), o Italiano, por suposto envolvimento nas fraudes em licitações de obras públicas.
Com a decisão do Legislativo, a apreciação do pedido
de abertura da CP só deve
ocorrer na primeira sessão
ordinária do mês de agosto,
prevista para o dia 2, depois
do recesso dos vereadores.
O adiamento foi determinado pelo presidente da Câmara, o vereador José Batista
de Carvalho Neto (PDT), por
falta de consenso entre os demais vereadores.
Para que seja aberta a investigação, serão necessários os votos favoráveis de sete dos dez vereadores, o que
corresponde a dois terços do
total de integrantes.
Caso a CP seja aprovada, a
apuração do envolvimento
do prefeito no esquema durará até 90 dias e pode culminar com a extinção do seu
mandato. O prefeito de Bebedouro nega envolvimento no
caso. Sua defesa diz que ele é
vítima de perseguição por
parte da oposição.
DENÚNCIA
O jornal "Gazeta de Bebedouro" vai protocolar uma
denúncia no Ministério Público contra a prefeitura da
cidade pelo fato de seus jornalistas terem sido barrados
em entrevista coletiva realizada na última quarta-feira.
Na entrevista, o prefeito falou sobre a abertura da Comissão Processante contra
ele, que vai apurar sua participação no suposto esquema
de fraude em licitações.
Os jornalistas Marco Antonio dos Santos e Fernanda
Luiz dizem que a assessoria
da prefeitura lhes informou
de que não poderiam entrar,
por ordem do advogado do
prefeito, Vinicius Burgalho.
O jornal se diz "crítico" à
administração de Italiano.
Ao insistir em entrar, os
jornalistas foram agarrados
por dois guardas municipais.
Eles só conseguiram acesso à
sala depois que outros repórteres fotografaram a ação.
O prefeito disse que não
sabia da ação dos guardas. O
advogado negou a proibição.
"Achei o fato de menor importância", disse Burgalho.
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