Ribeirão Preto, Quarta-feira, 29 de Julho de 2009

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Syngenta investe R$ 60 mi em Itápolis

Multinacional vai construir fábrica de tecnologia para o plantio de cana, que deverá operar em 2011

DA FOLHA RIBEIRÃO

A multinacional do agronegócio Syngenta, que atua em áreas diversas, como sementes, defensivos e pesquisas com transgênicos, anunciou anteontem que irá construir em Itápolis sua primeira fábrica de beneficiamento de plene, uma nova tecnologia para o plantio de cana-de-açúcar. O investimento, que deve começar a funcionar no início de 2011, será de cerca de R$ 60 milhões.
No processo produtivo planejado pela Syngenta, a empresa plantará mudas de cana, que serão multiplicadas e darão origem aos plenes -toletes de cana que contêm as gemas e os brotos da planta.
Com essas "sementes", o plantio da cana poderá ser feito de maneira semelhante ao de culturas como o milho e a soja, segundo o diretor de novas tecnologias para cana-de-açúcar da Syngenta, Marco Bochi.
De acordo com ele, a nova modalidade traz vários benefícios para os produtores. O mais importante deles, aponta o diretor, é a diminuição no custo do plantio. "Estamos prometendo redução de custos de 10% a 15%", disse.
Outra vantagem, segundo ele, é operacional. Para o plantio dos plenes serão usados cerca de 1.500 quilos de "sementes" por hectare. Já pelo método tradicional, são necessárias de 20 a 30 toneladas.
Além disso, o método prevê a utilização de máquinas menores para semear a cana-de-açúcar, já que os plenes são padronizados e têm menor volume que as atuais mudas.
Segundo Bochi, o plantio por meio do sistema já vem sendo testado em parceria com cerca de 70 usinas do país.
Para Oswaldo Alonso, assessor técnico da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), do ponto de vista operacional, "é um processo revolucionário". "Mas ainda temos que ver a relação custo/benefício do processo", disse.
Alonso aponta como um dos principais benefícios da nova técnica a certificação da origem das mudas de cana, que serão plantadas pela própria multinacional do agronegócio.
Itápolis foi escolhida para abrigar a primeira fábrica de plenes, principalmente, por causa de sua localização, no centro das maiores áreas produtores de cana de São Paulo, o maior estado produtor do país.


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