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Syngenta investe R$ 60 mi em Itápolis
Multinacional vai construir fábrica de tecnologia para o plantio de cana, que deverá operar em 2011
DA FOLHA RIBEIRÃO
A multinacional do agronegócio Syngenta, que atua em
áreas diversas, como sementes,
defensivos e pesquisas com
transgênicos, anunciou anteontem que irá construir em
Itápolis sua primeira fábrica de
beneficiamento de plene, uma
nova tecnologia para o plantio
de cana-de-açúcar. O investimento, que deve começar a
funcionar no início de 2011, será de cerca de R$ 60 milhões.
No processo produtivo planejado pela Syngenta, a empresa plantará mudas de cana, que
serão multiplicadas e darão origem aos plenes -toletes de cana que contêm as gemas e os
brotos da planta.
Com essas "sementes", o
plantio da cana poderá ser feito
de maneira semelhante ao de
culturas como o milho e a soja,
segundo o diretor de novas tecnologias para cana-de-açúcar
da Syngenta, Marco Bochi.
De acordo com ele, a nova
modalidade traz vários benefícios para os produtores. O mais
importante deles, aponta o diretor, é a diminuição no custo
do plantio. "Estamos prometendo redução de custos de 10%
a 15%", disse.
Outra vantagem, segundo
ele, é operacional. Para o plantio dos plenes serão usados cerca de 1.500 quilos de "sementes" por hectare. Já pelo método tradicional, são necessárias
de 20 a 30 toneladas.
Além disso, o método prevê a
utilização de máquinas menores para semear a cana-de-açúcar, já que os plenes são padronizados e têm menor volume
que as atuais mudas.
Segundo Bochi, o plantio por
meio do sistema já vem sendo
testado em parceria com cerca
de 70 usinas do país.
Para Oswaldo Alonso, assessor técnico da Canaoeste (Associação dos Plantadores de
Cana do Oeste do Estado de São
Paulo), do ponto de vista operacional, "é um processo revolucionário". "Mas ainda temos
que ver a relação custo/benefício do processo", disse.
Alonso aponta como um dos
principais benefícios da nova
técnica a certificação da origem
das mudas de cana, que serão
plantadas pela própria multinacional do agronegócio.
Itápolis foi escolhida para
abrigar a primeira fábrica de
plenes, principalmente, por
causa de sua localização, no
centro das maiores áreas produtores de cana de São Paulo, o
maior estado produtor do país.
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