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Dez se ferem em brinquedo de parque
Vítimas alegam que estavam saindo quando brinquedo voltou a girar; técnico diz que pessoas tentaram descer antes da parada
Boletim de ocorrência por lesão corporal culposa
foi registrado; Polícia faz perícia e vai apurar
se houve imprudência
DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Dez pessoas se feriram na
noite de anteontem no brinquedo giratório Crazy Dance
no parque de diversões Magic
World Park, instalado na avenida Maurilio Biagi, em Ribeirão
Preto. No momento do acidente havia 22 pessoas no brinquedo, cuja lotação é de 32.
Segundo as vítimas, elas ainda
estavam descendo quando o
brinquedo foi ligado novamente.
Algumas pessoas foram jogadas
em cima de uma grade de segurança e outras foram atingidas
pelo brinquedo em movimento.
Um boletim de ocorrência por
lesão corporal culposa -quando
não há intenção- foi registrado
no 4º Distrito Policial, que vai
investigar as causas do acidente.
A polícia quer saber se houve negligência, imprudência ou imperícia dos operadores do parque.
Ontem, o local ficou fechado
para perícia. O resultado do laudo saí em 30 dias.
A dona de casa Regina Helena
Gui de Queiroz, 57, foi uma das
vítimas. Ela sofreu um corte na
cabeça e levou 50 pontos.
"O brinquedo já tinha parado
e começou a se movimentar de
novo. Fiquei presa pela perna e
uma peça e acertou minha cabeça. O menino que estava do meu
lado foi jogado longe."
A filha de Regina, Adriana
Gui de Queiroz Brusiano, 32,
também estava no brinquedo
com o filho de dez anos e sofreu escoriações nas pernas.
Segundo ela, o Crazy Dance
(dança maluca) chegou a dar
três voltas com pessoas tentando se segurar pelo lado de
fora antes de ser desligado.
Brusiano disse que os funcionários do parque, além de
não prestarem socorro, sugerirem às vítimas que não registrassem queixa. "Eles não
prestaram qualquer ajuda durante o acidente nem depois
com os tratamentos médicos."
Outro lado
Adair Valmor Guarezi, 32,
chefe de manutenção das máquinas e único responsável pelo
parque que se apresentou ontem à polícia, disse que a versão
das vítimas é equivocada. Segundo ele, a trava de segurança
é manual e quem está no brinquedo pode abrir o dispositivo.
"O brinquedo é muito pesado. É impossível ele parar e começar a girar em tão pouco
tempo a ponto de machucar essas pessoas." Segundo ele, as vítimas devem ter começado a
descer do brinquedo antes que
ele parasse totalmente.
A assessoria de imprensa da
prefeitura informou que o parque tem licença e alvará do Corpo de Bombeiros.
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