Ribeirão Preto, Sábado, 29 de Agosto de 2009

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Dez se ferem em brinquedo de parque

Vítimas alegam que estavam saindo quando brinquedo voltou a girar; técnico diz que pessoas tentaram descer antes da parada

Boletim de ocorrência por lesão corporal culposa foi registrado; Polícia faz perícia e vai apurar se houve imprudência


DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Dez pessoas se feriram na noite de anteontem no brinquedo giratório Crazy Dance no parque de diversões Magic World Park, instalado na avenida Maurilio Biagi, em Ribeirão Preto. No momento do acidente havia 22 pessoas no brinquedo, cuja lotação é de 32.
Segundo as vítimas, elas ainda estavam descendo quando o brinquedo foi ligado novamente. Algumas pessoas foram jogadas em cima de uma grade de segurança e outras foram atingidas pelo brinquedo em movimento.
Um boletim de ocorrência por lesão corporal culposa -quando não há intenção- foi registrado no 4º Distrito Policial, que vai investigar as causas do acidente. A polícia quer saber se houve negligência, imprudência ou imperícia dos operadores do parque.
Ontem, o local ficou fechado para perícia. O resultado do laudo saí em 30 dias.
A dona de casa Regina Helena Gui de Queiroz, 57, foi uma das vítimas. Ela sofreu um corte na cabeça e levou 50 pontos.
"O brinquedo já tinha parado e começou a se movimentar de novo. Fiquei presa pela perna e uma peça e acertou minha cabeça. O menino que estava do meu lado foi jogado longe."
A filha de Regina, Adriana Gui de Queiroz Brusiano, 32, também estava no brinquedo com o filho de dez anos e sofreu escoriações nas pernas. Segundo ela, o Crazy Dance (dança maluca) chegou a dar três voltas com pessoas tentando se segurar pelo lado de fora antes de ser desligado.
Brusiano disse que os funcionários do parque, além de não prestarem socorro, sugerirem às vítimas que não registrassem queixa. "Eles não prestaram qualquer ajuda durante o acidente nem depois com os tratamentos médicos."

Outro lado
Adair Valmor Guarezi, 32, chefe de manutenção das máquinas e único responsável pelo parque que se apresentou ontem à polícia, disse que a versão das vítimas é equivocada. Segundo ele, a trava de segurança é manual e quem está no brinquedo pode abrir o dispositivo.
"O brinquedo é muito pesado. É impossível ele parar e começar a girar em tão pouco tempo a ponto de machucar essas pessoas." Segundo ele, as vítimas devem ter começado a descer do brinquedo antes que ele parasse totalmente.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o parque tem licença e alvará do Corpo de Bombeiros.


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