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Israelense é baleado seis vezes em estrada de Sertãozinho
Hipótese é de tentativa de assalto, mas o estrangeiro, que não corre risco de morte, foi achado com muito dinheiro
Segundo amigo, Amir Shaya, 36, veio ao Brasil com dois objetivos: surfar no RJ e comprar diamantes
na região de Ribeirão
RAQUEL ILIANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O israelense Amir Shaya, 36,
foi baleado com seis tiros na
madrugada de ontem, em Sertãozinho. A polícia trabalha
com a hipótese de assalto, apesar de o israelense ter chegado
ao hospital com R$ 6.000, US$
1.700 e 5.000 euros em notas.
De acordo com o delegado
Targino Donizete Osório, da
DIG (Delegacia de Investigações de Sertãozinho), Shaya estava no Brasil para surfar e
comprar diamantes. Em Israel,
ele faz e entrega pizzas.
Ele foi operado na tarde de
ontem no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto e não
corre risco de morte, de acordo
com a assessoria do hospital.
Shaya foi encontrado na vicinal Elídio Marchesi, no distrito
de Cruz das Posses, por um motorista de um ônibus de bóias-frias, por volta das 3h. Ele recebeu três tiros nas costas, dois
no rosto e um na mão.
O motorista de ônibus, que
não teve o nome divulgado pela
polícia, encontrou Shaya no
acostamento da vicinal e o levou para a Santa Casa de Cruz
das Posses. De lá, o israelense
foi transferido para o HC.
A Polícia Militar achou, na
tarde de ontem, o carro que foi
alugado por Shaya, um Renault
Logan, no meio de um canavial,
a dois quilômetros de onde ele
foi socorrido. Shaya estava com
o veículo havia três dias.
Os dois vidros do lado esquerdo do carro estavam quebrados e havia marcas de sangue nas portas, além de dois
projéteis dentro do carro.
O delegado Targino ouviu
ontem o depoimento de Gil
Ginsberg, amigo de Shaya que
veio com ele ao Brasil. Foi necessária a ajuda de um intérprete para interrogar o israelense. A intenção inicial dos
dois, segundo Ginsberg disse ao
delegado, era surfar nas praias
cariocas.
"Ele disse que os dois chegaram ao Brasil no dia 11 de outubro. Primeiro, foram ao Rio
surfar e há três dias chegaram a
Ribeirão para comprar diamantes", afirmou Targino.
"Ginsberg afirmou que somente acompanhava Amir e
que não sabia detalhes sobre
esse comércio de diamantes",
disse Osório.
Ainda de acordo com o delegado, Ginsberg disse que anteontem foi dormir às 23h30 e
Shaya ficou acordado.
Por volta das 3h, Ginsberg foi
acordado pela recepcionista do
hotel Sleep Inn, em Ribeirão
-onde a dupla estava hospedada. Ela o informou sobre o crime contra Shaya. "Ginsberg
disse que não sabe onde Amir
foi nem onde teria ido comprar
os tais diamantes. Aparentemente, foi uma tentativa de assalto. Pelo menos foi o que Shaya conseguiu falar para o amigo
no hospital", disse o delegado.
Colaborou GEORGE ARAVANIS
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