Ribeirão Preto, Domingo, 29 de Novembro de 2009

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Estádio do Parque do Peão precisa de sistema de drenagem

Chuva atípica transformou a arena projetada por Oscar Niemeyer em lamaçal na 1ª semana da festa

MARCELO TOLEDO
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO

O que até então era uma das principais atrações se transformou em preocupação para a organização da tradicional Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. O estádio de rodeios, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 80, precisa de um sistema de drenagem, para que não se transforme no lamaçal que afastou parte do público da festa deste ano, na primeira semana de agosto.
O problema foi "percebido" porque tradicionalmente agosto é um mês seco, o que não ocorreu neste ano. Segundo a Defesa Civil do Estado, a cidade teve 62,4 milímetros de chuva em agosto, dos quais 44,8 entre 20 e 24 de agosto, primeiro final de semana do evento -a média histórica do mês em Barretos é de 12,7 milímetros.
A chuva transformou a área destinada aos rodeios num lamaçal, o que impediu, por exemplo, que os fãs se aproximassem do palco no show de Roberto Carlos, a principal atração da festa deste ano.
"É preciso melhorar a drenagem do estádio. Se tivermos chuva numa sexta, atrapalha o sábado, que é o principal dia da festa", afirmou o publicitário Marcos Murta, novo presidente de Os Independentes, entidade realizadora da festa.
A organização não tem ideia do custo do projeto, mas sabe que ele terá de sair para que o evento não fique comprometido -neste ano, com a chuva, a festa foi "salva" financeiramente com cerca de R$ 2 milhões em emendas liberadas por deputados.
"Há um sistema em que a escavação é feita a partir de dois pontos delimitados, sem que seja necessário escavar a área toda", disse Murta. O sistema é defendido também por Mussa Calil Neto, vice-prefeito de Barretos e ex-presidente de Os Independentes.
Foi na gestão de Calil que o Parque do Peão, área de 2 milhões de m2 que sedia o evento, foi inaugurado, em 1985.
A falta de drenagem não é o único no estádio de rodeios, na avaliação de Calil Neto. Ele vê os camarotes como uma descaracterização do espaço projetado por Niemeyer, em formato de ferradura.
"Os camarotes da Brahma e da JBS-Friboi não fazem parte do projeto original. É preciso ter a configuração do que foi projetado", disse.
Exceto esses dois, os outros camarotes são desmontáveis, o que também contraria a planta do centenário arquiteto.


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