Ribeirão Preto, Domingo, 29 de Novembro de 2009

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Ex-sapateiro, Zé Mineiro vira empresário de sucesso com fábrica de calçados

DO ENVIADO ESPECIAL A FRANCA

Cidade com forte presença de migrantes, Franca foi a terra da oportunidade para muitas famílias que vieram de outras regiões e Estados do país, principalmente de Minas Gerais. Dentre muitas histórias que se repetem está a de José Alves de Castro, 76, mais conhecido pelos amigos como Zé Mineiro.
Ele chegou a Franca com 15 anos, em 1948, vindo de Delfinópolis (MG). Da vida difícil no início, Castro passou a empresário de sucesso e deixou para os filhos uma fábrica de calçados que emprega 180 funcionários e produz 2.500 pares por dia.
Mas, quem vê a estrutura existente hoje na empresa nem imagina as dificuldades que, segundo Castro, existiram quando a família chegou a Franca. Cansado de ganhar pouco como empregado, em 1956 ele decidiu abrir sua própria sapataria. "Pior que estava não ia ficar", disse.
No negócio próprio, ele fazia jornada dupla. Durante o dia consertava os sapatos dos clientes e, à noite, fazia botinas. Produzia dois ou três pares por noite e quando tinha um estoque de 30 unidades, saía para vender.
"Conforme foi aumentando a produção das botinas, eu ia diminuindo os consertos, até que chegou ao ponto de eu fazer 12 pares por dia."
Aos poucos, foi contratando funcionários e investindo em máquinas, até que conseguiu atingir a produção de 120 pares por dia. "Não tinha pretensão de aumentar isso, só queria dar uma boa formação para meus três filhos."
Foi quando um incêndio, há três décadas, que destruiu a pequena produção, mudou a vida da família. Com a ajuda de amigos, que emprestaram máquinas até o recebimento do seguro, ele manteve a produção pequena. Depois, com a indenização recebida, construiu a estrutura que culminou com a fábrica atual.
O presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto, disse que a história da indústria calçadista de Franca é toda baseada em empresas familiares, como a de Castro, que cresceram e se profissionalizaram. "Não há empresa que tenha vindo para cá com capital pronto."


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