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Cresce a procura por jato de tinta para bronzear a pele
Após a proibição das câmaras de bronzeamento, técnica ganhou mais adeptas
Coordenadora de doenças cutâneas do HC diz que a técnica é mais segura e que não há risco de câncer; já
o preço é bem mais alto
DA FOLHA RIBEIRÃO
Pele bronzeada, marca de biquíni, tudo pronto para o verão.
Para estar em dia para a estação
que se aproxima, ribeirão-pretanas têm buscado dar tom à
pele por meio de um "jato de
tinta". Desde a proibição das
câmaras de bronzeamento, clínicas de estética da cidade têm
registrado aumento de procura
pela técnica do jet bronze
-procedimento de maquiagem
do corpo.
Se antes da proibição, em 11
de novembro, as clínicas faziam
cinco sessões de jet bronze por
semana, agora, são feitas duas
por dia. Nem o custo elevado
em comparação com a câmara
de bronzeamento é um empecilho. Enquanto a sessão na câmara custava R$ 18, o bronzeamento a jato varia de R$ 80 a
R$ 120 por aplicação.
A universitária Gabriela da
Silva Moraes, 23, é uma das
adeptas da técnica a jato. Devido ao tom claro de sua pele, ela
diz que evita o sol, mas não dispensa a tonalidade dourada.
"Eu sempre uso protetor solar,
senão fico vermelha. Além disso, tem a questão do envelhecimento precoce da pele com a
exposição ao sol", afirmou.
A reportagem acompanhou a
sessão de bronzeamento de Gabriela. De biquíni, todo o corpo
dela recebeu uma camada de
spray que coloriu a pele. A sessão durou 40 minutos. Segundo
ela, o tom dourado permanece
na pele por até uma semana.
Após a sessão, Gabriela ficou
satisfeita com o efeito "praia".
"Fica bem bonito e não tem risco nenhum para a pele", disse.
Ela recebeu a recomendação de
tomar cuidado nas próximas
horas para evitar manchas.
"Nesse tempo, não posso tomar
banho e tenho que evitar fazer
atividade para não transpirar.
Depois, vida normal. Não mancha a roupa, nunca tive nenhuma reação, é ótimo."
"A procura é alta no verão e a
vantagem é não fazer mal à pele", disse a coordenadora da
Onodera Centro de Estética,
Luciana Guerrini Salomão. Segundo ela, ainda é cedo para
avaliar o impacto do veto às câmaras de raio ultravioleta.
A fisioterapeuta Ana Silvia
Gibran, proprietária do centro
de estética que tem seu nome,
disse ter verificado um aumento de 10% na procura pelo jet
bronze, depois que as sessões
nas câmaras foram proibidas.
Segundo a coordenadora do
Ambulatório de Doenças Cutâneas do HC, Cacilda da Silva
Souza, a técnica é mais segura
que o bronzeamento de câmara. "É preciso verificar se a pessoa não tem alergia a algum
produto que está sendo utilizado. Mas não há risco de câncer,
como nas câmaras de raio ultravioleta. Em caso do desenvolvimento de um processo
alérgico, o tratamento não tem
complicações", afirmou.
Apesar da extinção das sessões nas câmaras, a dermatologista alerta que o risco não está
somente nas radiação artificial.
"A comprovação da relação entre o câncer de pele e a exposição do raio ultravioleta, seja natural ou artificial, já existe. Não
adianta substituir a câmara pela exposição direta ao sol, pois
haverá prejuízo à saúde", disse.
(LIGIA SOTRATTI)
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