Ribeirão Preto, Domingo, 29 de Novembro de 2009

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Cresce a procura por jato de tinta para bronzear a pele

Após a proibição das câmaras de bronzeamento, técnica ganhou mais adeptas

Coordenadora de doenças cutâneas do HC diz que a técnica é mais segura e que não há risco de câncer; já o preço é bem mais alto


DA FOLHA RIBEIRÃO

Pele bronzeada, marca de biquíni, tudo pronto para o verão. Para estar em dia para a estação que se aproxima, ribeirão-pretanas têm buscado dar tom à pele por meio de um "jato de tinta". Desde a proibição das câmaras de bronzeamento, clínicas de estética da cidade têm registrado aumento de procura pela técnica do jet bronze -procedimento de maquiagem do corpo.
Se antes da proibição, em 11 de novembro, as clínicas faziam cinco sessões de jet bronze por semana, agora, são feitas duas por dia. Nem o custo elevado em comparação com a câmara de bronzeamento é um empecilho. Enquanto a sessão na câmara custava R$ 18, o bronzeamento a jato varia de R$ 80 a R$ 120 por aplicação.
A universitária Gabriela da Silva Moraes, 23, é uma das adeptas da técnica a jato. Devido ao tom claro de sua pele, ela diz que evita o sol, mas não dispensa a tonalidade dourada. "Eu sempre uso protetor solar, senão fico vermelha. Além disso, tem a questão do envelhecimento precoce da pele com a exposição ao sol", afirmou.
A reportagem acompanhou a sessão de bronzeamento de Gabriela. De biquíni, todo o corpo dela recebeu uma camada de spray que coloriu a pele. A sessão durou 40 minutos. Segundo ela, o tom dourado permanece na pele por até uma semana.
Após a sessão, Gabriela ficou satisfeita com o efeito "praia". "Fica bem bonito e não tem risco nenhum para a pele", disse. Ela recebeu a recomendação de tomar cuidado nas próximas horas para evitar manchas. "Nesse tempo, não posso tomar banho e tenho que evitar fazer atividade para não transpirar. Depois, vida normal. Não mancha a roupa, nunca tive nenhuma reação, é ótimo."
"A procura é alta no verão e a vantagem é não fazer mal à pele", disse a coordenadora da Onodera Centro de Estética, Luciana Guerrini Salomão. Segundo ela, ainda é cedo para avaliar o impacto do veto às câmaras de raio ultravioleta.
A fisioterapeuta Ana Silvia Gibran, proprietária do centro de estética que tem seu nome, disse ter verificado um aumento de 10% na procura pelo jet bronze, depois que as sessões nas câmaras foram proibidas.
Segundo a coordenadora do Ambulatório de Doenças Cutâneas do HC, Cacilda da Silva Souza, a técnica é mais segura que o bronzeamento de câmara. "É preciso verificar se a pessoa não tem alergia a algum produto que está sendo utilizado. Mas não há risco de câncer, como nas câmaras de raio ultravioleta. Em caso do desenvolvimento de um processo alérgico, o tratamento não tem complicações", afirmou.
Apesar da extinção das sessões nas câmaras, a dermatologista alerta que o risco não está somente nas radiação artificial. "A comprovação da relação entre o câncer de pele e a exposição do raio ultravioleta, seja natural ou artificial, já existe. Não adianta substituir a câmara pela exposição direta ao sol, pois haverá prejuízo à saúde", disse. (LIGIA SOTRATTI)


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