Ribeirão Preto, Sábado, 30 de Janeiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Guaritas em três loteamentos são questionadas por promotor

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Promotoria da Habitação de Ribeirão questiona na Justiça a construção de guaritas por moradores de três loteamentos da cidade que foram transformados artificialmente em condomínios fechados.
De acordo com o promotor Antônio Alberto Machado, são alvos de ação o Royal Park e o Saint-Gérard, na zona sul da cidade, e o Itanhangá, de chácaras de alto padrão, localizado na zona leste.
"Um argumento que sempre ouço e que é difícil de rebater é o da falta de segurança, embora eu não defenda a feudalização da cidade. Mas os condomínios devem ser legais. Loteamentos, aprovados para serem abertos, os moradores não podem fechar", disse o promotor.
No caso do Royal Park, segundo Machado, já houve decisão de primeira instância contrária à Promotoria, que recorreu da sentença e aguarda pronunciamento do TJ (Tribunal de Justiça) do Estado.
No caso do Itanhangá, o Ministério Público ganhou a ação em primeira instância, mas os moradores recorreram e ainda não há julgamento definitivo.
Já o processo envolvendo o Saint-Gérard ainda não foi julgado. "Mas a Copema [construtora] já tomou a iniciativa de retirar a cancela da rua", afirmou Machado.
Para a arquiteta Vera Migliorini, doutora em planejamento urbano, a violência não pode ser utilizada como justificativa da invasão de áreas públicas para a construção de guaritas ou cancelas. "Assim como condomínios fechados não resolvem esse problema. É a desigualdade da oferta de oportunidades, de emprego, que gera tudo isso."


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Memória: Jardim Canadá ergue muros e "isola" bairro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.