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A cada 7.700 carros, há 1 marronzinho em Ribeirão
Nº é abaixo do ideal, afirmam especialista e superintendente da Transerp
Para docente da USP, a presença de fiscais no trânsito é mais eficiente e inibidora do que a colocação de radares
DE RIBEIRÃO PRETO
Ribeirão Preto tem 48
agentes de trânsito, os chamados "marronzinhos", para uma frota de aproximadamente 370 mil carros. Isso
significa um agente para cada grupo de 7.700 veículos.
O superintendente da
Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de
Ribeirão Preto S.A.), William
Latuf, diz que a quantidade
de fiscais é pequena.
Para o especialista em
trânsito da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, Coca Ferraz, o número "é
muito abaixo do necessário
em Ribeirão". Ele afirmou
que, em países desenvolvidos, a quantidade é até três
vezes maior que no Brasil.
Ferraz disse que, conforme
pesquisas recentes, a presença de fiscais é "mais eficiente
e inibidora" que a colocação
de radares. Um atenuante à
carência de agentes, segundo ele, é a Polícia Militar, que
também fiscaliza trânsito.
O especialista em gestão e
fiscalização de trânsito Agnaldo Pedroso disse que,
além de uma fiscalização insuficiente, a quantidade reduzida de marronzinhos resulta em baixa capacidade
de orientação à população.
"Sem contar que, quando
os condutores se sentem
pouco vigiados, a probabilidade de acidentes acaba aumentando. Se ninguém está
vendo, por que o motorista
vai respeitar o sinal vermelho, por exemplo?"
Segundo Latuf, a contratação de mais agentes poderá
ser incluída em um plano geral para o trânsito. "Os agentes representam os olhos da
Transerp nas ruas", disse o
superintendente.
O estudo global será elaborado por uma empresa de
consultoria, que será contratada pelo município. O valor
disponível para a contratação é de cerca de R$ 1,4 milhão, de acordo com Latuf.
(ARARIPE CASTILHO)
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