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Médicos do HC paralisam 80% dos atendimentos não urgentes
Hospital diz ter enviado pedido de aumento ao governo de SP
ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO
A greve dos médicos-assistentes do HC (Hospital das
Clínicas) em Ribeirão Preto,
reiniciada ontem, está afetando 80% dos atendimentos da instituição.
O número refere-se aos
procedimentos não emergenciais que foram todos
suspensos, de acordo com a
Amahc (Associação dos Médicos-Assistentes do HC).
Das 20 salas cirúrgicas,
por exemplo, apenas três estão em funcionamento.
Já as emergências e o tratamento de pacientes crônicos
estão mantidos, diz a vice-presidente da Amahc, Eliene
Menezes dos Santos.
A adesão é de 100%, diz a
associação. O HC tem 632 médicos-assistentes.
Eles querem a equiparação salarial com os médicos
da Mater e do HE (Hospital
Estadual), ambos estaduais.
A diferença nos salários
chega a 94%. No HC, são
R$ 3.200 por 20 horas semanais, ante R$ 6.200 por 24 horas semanais na Mater e no
HE, segundo os grevistas.
O aumento aos médicos da
Mater e do HE, concedido no
fim do ano passado, foi uma
tentativa de conter a evasão
por causa dos baixos salários, diz Ulysses de Matos, diretor-adjunto do Simesp
(Sindicato dos Médicos do
Estado de São Paulo).
Além disso, os médicos
querem a restituição dos descontos nos salários referentes à greve de abril. Segundo
a vice-presidente da Amahc,
os descontos são ilegais.
Em nota, o HC não informou qual é o impacto da greve porque os dados ainda estavam sendo levantados.
O hospital alega que os
descontos salariais por conta
da greve têm respaldo legal.
A administração informou
que enviou à Secretaria de
Estado da Saúde uma proposta de aumento salarial,
que está sendo analisada, e
pediu aos pacientes que não
deixem de comparecer aos
atendimentos.
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