Ribeirão Preto, Quinta-feira, 30 de Junho de 2011

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Médicos do HC paralisam 80% dos atendimentos não urgentes

Hospital diz ter enviado pedido de aumento ao governo de SP

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

A greve dos médicos-assistentes do HC (Hospital das Clínicas) em Ribeirão Preto, reiniciada ontem, está afetando 80% dos atendimentos da instituição.
O número refere-se aos procedimentos não emergenciais que foram todos suspensos, de acordo com a Amahc (Associação dos Médicos-Assistentes do HC).
Das 20 salas cirúrgicas, por exemplo, apenas três estão em funcionamento.
Já as emergências e o tratamento de pacientes crônicos estão mantidos, diz a vice-presidente da Amahc, Eliene Menezes dos Santos.
A adesão é de 100%, diz a associação. O HC tem 632 médicos-assistentes.
Eles querem a equiparação salarial com os médicos da Mater e do HE (Hospital Estadual), ambos estaduais.
A diferença nos salários chega a 94%. No HC, são R$ 3.200 por 20 horas semanais, ante R$ 6.200 por 24 horas semanais na Mater e no HE, segundo os grevistas.
O aumento aos médicos da Mater e do HE, concedido no fim do ano passado, foi uma tentativa de conter a evasão por causa dos baixos salários, diz Ulysses de Matos, diretor-adjunto do Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo).
Além disso, os médicos querem a restituição dos descontos nos salários referentes à greve de abril. Segundo a vice-presidente da Amahc, os descontos são ilegais.
Em nota, o HC não informou qual é o impacto da greve porque os dados ainda estavam sendo levantados.
O hospital alega que os descontos salariais por conta da greve têm respaldo legal.
A administração informou que enviou à Secretaria de Estado da Saúde uma proposta de aumento salarial, que está sendo analisada, e pediu aos pacientes que não deixem de comparecer aos atendimentos.


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