Ribeirão Preto, Quinta-feira, 30 de Julho de 2009

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Mulheres grávidas têm mais risco de morte, aponta estudo

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Mulheres grávidas com o vírus da gripe A (H1N1) têm risco maior de desenvolver sintomas graves e de morrer, sugere estudo realizado por pesquisadores do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) dos Estados Unidos.
O estudo se baseou nas mortes de seis grávidas entre as 45 mortes relacionadas ao vírus que foram notificadas ao CDC entre o período que vai de 15 de abril a 16 de junho, o que representa 13% dos casos. Todas as gestantes inclusas no estudo eram saudáveis. O número é alto, já que as grávidas são 1% da população dos EUA.
Até ontem, pelo menos seis grávidas morreram no Brasil devido à gripe, entre os 61 casos relatados (9,84%) -não há dados de todas as vítimas.
Especialistas do mesmo CDC recomendaram ontem que algumas pessoas mais suscetíveis aos efeitos da gripe devem ser vacinadas antes das demais, entre elas as grávidas.
A lista de prioridades inclui também mães de recém-nascidos, crianças e jovens com faixa etária entre 6 meses de idade e 24 anos e pessoas de 25 a 64 anos com asma, diabetes e doenças cardíacas.
A recomendação se deve à previsão de que não haverá vacina para todos os norte-americanos. As recomendações do CDC costumam ser acatadas pelo governo.
O infectologista Carlos Magno Fortaleza, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), diz que a mortalidade das grávidas chama a atenção. Afirma ainda que gestantes com sintomas devem ser internadas nos hospitais de referência.
Já o infectologista Francisco Hideo Aoki, da Unicamp, diz que é muito cedo se concluir algo. "A série histórica ainda é muito pequena."
A ginecologista Fabiana Sanches, do Hospital Santa Marcelina, diz que as mulheres não precisam adiar a gravidez.
Já um estudo do CDC sobre obesos os afastou dos grupos de risco para a doença. Segundo o órgão, o percentual de obesos entre os mortos pela doença nos EUA (38%) é quase igual ao da população americana (34%).


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