DA FOLHA RIBEIRÃO

O presidente do PSDB em Ribeirão Preto, Miguel Mauad Neto, acredita que a decisão do STF na quinta-feira não melhora o cenário para o deputado federal Antonio Palocci Filho (PT) no interior nem altera as táticas dos tucanos para as eleições de 2010.
"Ele está desgastado. E para se recuperar com o eleitorado, ele vai levar algum tempo. Não vai mudar tudo só por causa da decisão do Supremo", afirmou.
Mauad faz referência à inexpressiva votação alcançada pelo petista em Ribeirão nas eleições de 2006, quando foi candidato a deputado federal. Naquele ano, Palocci, que havia conseguido se eleger prefeito vencendo no primeiro turno em 2000, teve apenas 16 mil votos na cidade, num colégio de 350 mil eleitores.
Além de ter o nome envolvido na acusação da quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa, Palocci também foi acusado pelo Ministério Público Estadual de chefiar a chamada "máfia do lixo". O nome foi dado ao suposto esquema de superfaturamento dos contratos de varrição pública firmados na gestão de Palocci entre a Prefeitura de Ribeirão e a empresa Leão Ambiental.
Em junho deste ano, porém, o Supremo também livrou Palocci de responder a uma ação pelo crime que ele e a empresa sempre negaram.
Desde o início do mês passado, o PSDB tem feito reuniões com lideranças para fortalecer as candidaturas de José Serra à Presidência da República e do secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, para o governo de São Paulo.
A possibilidade de Palocci disputar o governo não altera em nada as táticas, afirma o vice-presidente estadual do PSDB, deputado federal Antonio Duarte Nogueira Júnior.
"O trabalho continua o mesmo, até porque em momento algum nós fizemos veto por esse ou aquele nome da oposição. Além disso, o PT continua com o mesmo problema: não tem candidato e continua sustentado apenas pela figura do presidente Lula", disse o deputado tucano.


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