Valor deve atingir R$ 28,7 bilhões, ante os R$ 23,5 bilhões do ano passado

Consumo das famílias está concentrado nas despesas com moradia; em Ribeirão, verba vai para compra de imóvel

Silva Junior/Folhapress

A empresária Ana Lúcia Ferrari alimenta-se na cozinha de seu centro de recreação

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

O consumo das famílias nas dez maiores cidades da região de Ribeirão Preto deve alcançar R$ 28,7 bilhões neste ano. O valor, segundo estudo divulgado pela empresa IPC Marketing, é 22% maior do que o registrado no ano passado -R$ 23,5 bilhões.
A maior parte do consumo ainda está ligada às despesas com moradia -aluguel, água e luz, entre outros. De acordo com os dados, os gastos representam 26,05% do total -ou R$ 7,4 bilhões.
Em Ribeirão, porém, as despesas com moradia são menores do que os gastos com pagamento de prestações de carnês e itens da construção civil, como reforma e compra de imóvel.
De acordo com o levantamento, o consumo das famílias ribeirão-pretanas no setor da construção civil alcançará neste ano R$ 2,9 bilhões, o que é 27,05% do total. Já os gastos com moradia representarão R$ 2,7 bilhões.
Na opinião do responsável pela pesquisa, Marcos Pazzini, a estabilidade econômica do país proporciona às famílias mais segurança para comprar. "Esse é o principal motivo para a dianteira dos gastos com outras despesas", disse.
Ainda em Ribeirão, os produtos destinados à alimentação em casa perderam participação entre 2009 e 2010. Na explicação de Pazzini, isso deve, principalmente, ao fato de as mulheres passarem a atuar fora de casa.
É o caso da empresária Ana Lúcia Ferrari, 38. Além de ser analista de sistemas, ela mantém um centro de recreação. Com a rotina diária dividida, Ferrari almoça todos os dias fora de casa.
"Não dá tempo de ir para casa porque é longe e também porque não tenho tempo de cozinhar", disse. Por dia, Ferrari gasta cerca de R$ 10 em alimentação.


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